Pobreza elevada em 16,6% dos lares de Minas Gerais

Danilo Emerich - Do Hoje em Dia
08/11/2012 às 06:50.
Atualizado em 21/11/2021 às 17:59
 (Frederico Haikal)

(Frederico Haikal)

Nova metodologia adotada pelo Estado para avaliar as condições de vida da população apontou pobreza elevada em 16,6% dos domicílios de 130 cidades mineiras com menor Índice de Desenvolvimento Humanos (IDH).

O “censo”, realizado no biênio 2011/2012, terá continuidade no ano que vem, abrangendo outras 70 localidades. Há possibilidade de a pesquisa ser estendida a todo o Estado, mas a prioridade são as cidades mais carentes.

O Índice de Pobreza Multidimensional (IPM), metodologia criada por pesquisadores da Universidade de Oxford, na Inglaterra, é pioneiro na Brasil. Além da renda, são observados fatores como saúde, educação e nível de vida – subdivididas em nutrição, mortalidade infantil, escolaridade, assistência escolar, combustível para cozinhar, saneamento, água potável, eletricidade, moradia e bens duráveis.

Histórico

O índice é utilizado desde 2010 pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e, desde o ano passado, pelo governo de Minas, no projeto Porta a Porta, do programa Travessia.

Nos municípios mapeados, 263 mil domicílios foram visitados. Em mais de 43,6 mil havia a chamada pobreza multidimensional.  “Além de quantificar a população pobre, vemos a intensidade de pobreza. Em alguns casos, uma pessoa tem renda, mas está privada de saneamento básico”, explica o assessor-chefe de Articulação, Parceria e Participação Social do governo de Minas, Ronaldo Pedron.

O objetivo da mudança de metodologia é criar políticas públicas com base nas informações do programa Travessia. “Sentamos com os prefeitos das cidades avaliadas e traçamos os planos de ações”, explica Pedron.

Retornos
 

A partir dos levantamentos, o Estado destinou quase R$ 200 milhões para intervenções que vão de melhorias habitacionais, obras de infraestrutura a programas de qualificação profissional.

Umas das pessoas beneficiadas foi a dona de casa Rosalina da Cruz, de 68 anos, moradora de Verdelândia, no Norte de Minas. Ela fez um curso de fabricação de salgados. “Sempre trabalhei na roça. Com o que aprendi, ganharei um dinheiro extra”.

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