Polícia pedirá prisão preventiva de ex-investigador que matou funcionário de supermercado

Renato Fonseca - Hoje em Dia
27/12/2014 às 12:12.
Atualizado em 18/11/2021 às 05:29
 (Divulgação/PC)

(Divulgação/PC)

Deve ficar pronto em até dez dias o inquérito do caso envolvendo o ex-policial civil Ivair Maria Alves, de 46 anos. Ele invadiu o supermercado Supernosso, no bairro Cidade Nova, na região Norte de Belo Horizonte, nessa sexta-feira (26), e executou com três disparos um funcionário do estabelecimento.   A Polícia Civil promete pedir a prisão preventiva do acusado. A medida seria uma forma de garantir segurança à esposa de Ivair, que teria tido um envolvimento com a vítima, Vinicius Linhares de Jesus, de 34 anos. O possível relacionamento extraconjugal teria motivado o crime.   As informações foram dadas na manhã deste sábado (27) pelo delegado Wagner Pinto, chefe da Divisão de Crimes contra a Vida. Ivair foi preso em flagrante ainda na noite de sexta-feira.   O ex-policial teria assumido o crime e disse que o fez porque sua esposa estaria traindo ele com o funcionário executado. Existia a informação da Polícia Militar de que a vítima teria também um caso com a filha do suspeito, mas o fato foi praticamente descartado pela Polícia Civil.   Fotos em páginas da internet das redes sociais de Vinícius foram encontradas. A mulher se encontrou com a vítima há dois meses em um bar na região Nordeste de BH. Porém, a informação é a de que os dois teriam se envolvido, num primeiro momento, há um ano e meio.   Na época, ela e o marido chegaram a se separar, mas reataram e estavam morando juntos no bairro São Marcos, também na região Nordeste de BH. Em março deste ano, porém, ela deu queixa em uma delegacia de Sabará, na Grande BH, por agressão sofrida por Ivair.   O ex-policial deixou o cargo por abandono de função em 1995. Atualmente, ele trabalhava em uma agência da Caixa Econômica Federal, na capital. Ele já tem passagem por outro homicídio, durante uma tentativa de assalto em sua casa em julho deste ano.   O acusado teria alegado legítima defesa, mas o caso ainda está sendo investigado. Pelo crime da última sexta-feira, segundo informou o delegado Wagner Pinto, o homem será indiciado por homicídio qualificado e poderá pegar de 12 a 30 anos de cadeia. Ele permanece preso, mas o local não foi informado.   "Foi uma execução sumária. A dinâmica do crime e a autoria já foram esclarecidas com a ajuda das câmeras de segurança do estabelecimento e do trabalho de investigação feito até o momento. Agora, vamos confirmar a motivação", disse o delegado, que ainda acrescentou. "Ele é bastante frio e calculista".  

Assista ao vídeo com o momento do crime:

 

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por