Polícia procura jovem suspeita de aplicar golpe 'Boa Noite, Cinderela' em bairros nobres de BH

Rosiane Cunha
rmcunha@hojeemdia.com.br
28/06/2021 às 17:31.
Atualizado em 05/12/2021 às 05:16
 (Polícia Civil/Divulgação)

(Polícia Civil/Divulgação)

Uma jovem de 19 anos está sendo procurada suspeita de aplicar o golpe conhecido como “Boa Noite Cinderela” em homens, moradores de bairros nobres da região Centro-Sul de Belo Horizonte. Uma comparsa dela, de 21, teria se matado quando soube que a polícia estava atrás das duas.

Quatro mandados de busca e apreensão foram cumpridos por policiais civis na última quinta-feira (24). Até o momento, cinco vítimas foram identificadas e, com base em relatos, a polícia estima um prejuízo em torno de R$ 100 mil.

Segundo as investigações divulgadas nesta segunda-feira (28), a suspeita criava perfis em redes sociais e aplicativos, marcava encontros com os homens e, após dopá-los com medicamento, furtava objetos das casas deles.

O delegado Guilherme Santos explicou que as apurações começaram em maio deste ano. Pelo menos cinco vítimas, com idade de 50 anos, estão entre os denunciantes.

Em um dos casos, o porteiro de um dos prédios desconfiou da movimentação das duas mulheres durante uma visita ao apartamento de um morador. “Ele achou estranho que as meninas chegaram ao local com duas bolsas pequenas e saíram com mochila. Na delegacia, o homem contou sua versão dos fatos e demos início à investigação para apurar o roubo”, explicou o policial. Após a denúncia, as jovens foram indiciadas pelo crime.

Ainda conforme a polícia, um religioso também está sendo investigado por envolvimento nos delitos. Os investigadores disseram que as suspeitas presenteavam o homem, que não teve a identidade revelada, como forma de agradecimento pela proteção espiritual que ele daria a elas.

As investigações ainda estão em andamento. “É importante que quem tenha sido vítima procure a delegacia e faça o boletim de ocorrência. Vamos buscar qualificar as vítimas, para que elas possam ser ouvidas, a fim de demonstrarmos a reiteração delitiva. Queremos avaliar também qual é a verdadeira participação do religioso”, conclui o delegado.

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