Muitos motoristas reformam ou remoldam pneus com o intuito de economizar e aumentar a vida útil do produto. Contudo, a prática pode ser perigosa e trazer riscos, uma vez que muitos pneus são "perucados", ou seja, em desacordo com as normas do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro).
Por isso, a Polícia Militar Rodoviária (PMRv) alerta sobre os perigos desses pneus. Conforme o órgão, além de configurar infração de trânsito, o produto aumenta as chances de derrapagens, frenagem, furos e cortes, e também impede a drenagem adequada de água, causando instabilidade em pistas molhadas.
Nos pneus "perucados", explicou a PMRv, borracheiros colocam uma capa de borracha para cobrir as partes gastas. O problema é que essa espécie de ‘peruca’ interfere na estabilidade do veículo e ainda pode soltar e causar acidentes graves. Nesses casos, o pneu custa média de 40% do valor de um novo.
De acordo com o tenente da PMRv, Geraldo Donizete, a parte emborrachada desse tipo de pneu cede com o aumento de temperatura ou variação de velocidade. A carcaça pode se desprender na via e causar acidentes.
“Não vale a pena este tipo de economia. A possibilidade de acidentes é enorme. Isso sem contar que fazer este tipo de intervenção é crime. A utilização de pneus irregulares pode render cinco pontos na carteira e multa de R$ 127,60”.
Por outro lado, a manutenção periódica dos pneus originais garante a segurança de seus usuários, oferecendo rendimento e economia de combustível para motos, automóveis e caminhões.
Ao comprar pneus reformados ou remodelados, os motoristas devem ficar atentos se eles trazem o certificado do Inmetro no produto.
Veja algumas dicas sobre a segurança dos pneus:
Limite de Segurança
Andar com pneu “careca” é proibido pela legislação de trânsito. O desgaste máximo do pneu é de 1.6 mm de profundidade dos sulcos. Abaixo dessa medida, o pneu deve ser trocado.
Riscos
- Aumento da propensão de derrapagens laterais, mesmo em pista seca;
- O espaço necessário para frenagem aumenta, mesmo em pista seca;
- Impede a drenagem adequada de água, causando grande instabilidade em pistas molhadas, a famosa derrapagem;
- Aumenta o risco de furos e cortes na banda de rodagem e quando o veículo está em movimento isso pode causar acidentes.
Calibragem/Consequências da baixa pressão
- Aceleração do desgaste geral do pneu (trabalha mais quente);
- Aumento do desgaste nos ombros (apoio maior sobre esta área);
- Maior consumo de combustível (maior resistência de rolamento);
- Perda de estabilidade em curvas (alteração da área de contato com o solo);
- Direção pesada e perda da capacidade de manejo (maior resistência);
- Desgaste prematuro dos terminais de direção (aumento de exigência).
Calibragem/Consequências do excesso de pressão
- Desgaste mais acentuado no centro da rodagem (apoio maior sobre esta área);
- Perda de estabilidade em curvas (menor área de contato com o solo).
Rodízio
- Serve para compensar a diferença de desgaste dos pneus, permitindo mais durabilidade e eficiência. Proporciona também melhor estabilidade, especialmente em curvas e freadas;
- Mudança para pneus diagonais de passeio: a cada 5.000 Km;
- Mudança para pneus radiais de passeio: a cada 8.000 Km;
Degaste
- Calibre os pneus semanalmente de acordo com a indicação do manual do fabricante;
- Faça rodízio de pneus;
- Evite sobrecarga de peso;
- Faça a manutenção preventiva de componentes do veículo que atuam diretamente sobre os pneus;
- Alinhe o sistema de direção e suspensão, além do balanceamento de pneus conforme indicado pelo fabricante;
- Observe periodicamente o indicador de desgaste de rodagem que existe em todo pneu para mostrar o momento certo da troca;
- Evite o contato do pneu com derivados de petróleo ou solventes, que atacam a borracha;
- Evite freadas fortes e mudanças bruscas de direção porque elas exigem mais dos pneus.
Estepe
- Deve atender às mesmas condições de segurança exigidas para os rodantes. O não atendimento sujeita o proprietário do veículo a multa de R$ 127,60 (falta ou defeito em equipamento obrigatório)