O projétil de uma arma desconhecida e um carro que estava na porta de uma boate no bairro Itapoã, na Pampulha, em Belo Horizonte, são as novas pistas da Polícia Civil para entender a dinâmica do tiroteio registrado na madrugada de ontem em frente à casa noturna. Seis pessoas ficaram feridas, incluindo um militar que reagiu. O policial matou um rapaz de 20 anos apontado como o responsável por efetuar os disparos.

Segundo a Polícia Militar (PM), funcionários do estabelecimento disseram ter ocorrido uma briga dentro da casa noturna. Um grupo de pessoas foi expulso pelos seguranças. Um dos envolvidos, Pedro Henrique Vitor Silva, de 20 anos, teria dito que “haveria volta”, referindo-se a uma possível vingança. O motivo do desentendimento ainda não foi esclarecido. 

Às 4h20, quando a boate estava fechando, o homem retornou encapuzado e disparou contra quem estava na porta. Embora câmeras de segurança só mostrem o autor dos tiros, o capitão Antônio Hott garante que mais pessoas estavam com o jovem, entre elas um adolescente de 16. O menor e outros dois adultos foram detidos horas depois.

O jovem foi apreendido ao buscar a motocicleta usada para levar Pedro Henrique, que era seu vizinho, de volta à casa noturna. “Ele nos disse ter encontrado o colega após a briga, e que levou o suspeito para pegar a arma e depois ir até a boate. Ele ajudaria na fuga”, explicou Hott.

No momento em que Pedro Henrique atirou, um militar que estava de folga, e à paisana, revidou. O jovem foi atingido, não resistiu aos ferimentos e morreu. O policial foi baleado na perna. Ele passa bem.

Na porta da boate, a perícia encontrou cápsulas de três armas: a do militar, a de Pedro Henrique e a de um terceiro revólver, que pode indicar a existência de mais um atirador. 

“Testemunhas viram um carro preto, com ocupantes. Eles também podem ter ajudado no crime”, frisou o capitão Hott.

Feridos

Outras cinco pessoas ficaram feridas. Duas receberam alta, uma foi levada para um hospital particular e outras duas estão internadas. Um jovem de 29 anos comemorava o aniversário na boate e está em estado gravíssimo. “Meu filho falou que ia sair com os amigos e tomou um tiro nas costas. Agora ele está correndo risco”, disse a mãe do rapaz, que pediu para não ser identificada.

As apurações do tiroteio estão sob a responsabilidade da Delegacia de Homicídios. Em nota, a boate Jolie! confirmou a dinâmica do crime narrada pela PM e se colocou à disposição das autoridades para ajudar nas investigações.

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