
A Polícia Civil cumpre na tarde desta quinta-feira (16) mandados de busca e apreensão na empresa que seria a fornecedora de monoetileglicol da cervejaria Backer. O galpão fica em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). De acordo com a corporação, a princípio, os mandados visam a coleta de amostras e recolhimento de documentos.
Como a fabricante da marca Belorizontina afirma que nunca adquiriu dietilenoglicol para o sistema de resfriamento das bebidas, a intenção dos policiais foi averiguar se a substância encontrada nos tonéis e nas garrafas teria partido da fornecedora.
Desde a divulgação de que uma grave síndrome nefroneural teria sido provocada por intoxicação por dietilenoglicol, presente em garrafas da cerveja Belorizontina, a Backer reafirma que não utiliza essa substância em seu processo de produção. A empresa diz que usa, na verdade, o monoetilenoglicol, que também é tóxico, porém menos perigoso.
"Nos últimos dois anos, a Backer precisou aumentar a compra de monoetilenoglicol para atender a demanda de ampliação constante da sua planta produtiva. No período, foram adquiridos 29 novos tanques de fermentação", informou a empresa.
Até o momento, uma força-tarefa investiga 18 notificações da síndrome nefroneural. Três pessoas morreram e um óbito registrado em Pompéu, no Centro-Oeste de Minas, também pode estar relacionado ao consumo de cerveja.
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