Polícia Civil investiga adulteração de quilometragem em veículos de revendedoras no Carlos Prates

Thais Oliveira - Hoje em Dia
23/09/2014 às 15:58.
Atualizado em 18/11/2021 às 04:19

Duas revendedoras de veículos seminovos, localizadas no bairro Carlos Prates, na região Noroeste de Belo Horizonte, são alvos de investigação pela Polícia Civil (PC). A operação, realizada em parceria com a Receita Estadual, ocorreu, nesta terça-feira (23), em cumprimento ao mandado de busca e apreensão expedido pela Justiça. A ação teve o objetivo de apurar supostas adulterações na quilometragem de veículos, além de sonegação fiscal.   De acordo com o delegado responsável pelas investigações, Eduardo Vieira, da 5ª Delegacia de Fraudes do Departamento de Investigações de Crimes Contra o Patrimônio, uma vítima relatou que havia comprado um carro em uma dessas lojas e apresentou indícios de adulteração na quilometragem. “A partir dessa denúncia, feita há cerca de quatro meses, iniciamos as investigações. Ainda não sabemos quantas pessoas podem ter caído no golpe, pois o inquérito ainda não foi finalizado”, explicou Vieira.   Durante a operação, os policiais fizeram a constatação das quilometragens dos veículos e a Receita Estadual copiou arquivos para a realização de uma auditoria. “Depois, a Receita vai fazer um relatório fiscal, no qual será apontado se houve ou não sonegação fiscal por parte das revendedoras”, afirmou o delegado. Segundo Vieira, um fator colabora para a suspeita de sonegação fiscal: nas duas concessionárias, haviam veículos sem Nota Fiscal.   Se comprovadas as adulterações, as revendedoras podem responder pelo crimes contra o patrimônio, a ordem econômica e tributária.   Adulteração da quilometragem de veículos   O delegado Eduardo Vieira explicou que, com o objetivo de vender um veículo por preço mais alto, as revendedoras adulteram a quilometragem. “Por exemplo, a revendedora compra um veículo com 50 mil quilômetros rodados. Depois, é feita a diminuição da quilometragem, por meio de um sistema eletrônico. Então, se o carro antes tinha 50 mil quilômetros rodados, é colocado que tem apenas 20 mil”. Conforme Vieira, a adulteração é feita, pois a quilometragem é um dos fatores levados em consideração na hora da compra.    Para evitar cair nesse tipo de golpe, o delegado orienta fazer uma análise das condições dos veículos. “Principalmente, é importante o comprador verificar se o veículo possui o manual devidamente preenchido com as revisões”.

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