Polícia Civil pede mais prazo para desvendar morte de estudante em Viçosa

Hoje em Dia*
07/04/2015 às 16:22.
Atualizado em 16/11/2021 às 23:32
 (Facebook/Reprodução)

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O delegado Felipe Fonseca Perez, que investiga a morte do adolescente Gabriel Oliveira Maciel, de 17 anos, encontrado morto em uma vala em Viçosa, na Zona da Mata, pedirá mais prazo para concluir o caso. A data inicial da conclusão do inquérito estava prevista para esta quinta-feira (9), mas ele informou, nesta terça-feira (7), que vai pedir à Justiça mais tempo.   O juiz que decidirá quanto tempo a mais será concedida para o delegado, que não quis informar detalhes sobre o caso. Segundo a assessoria de imprensa da Polícia Civil, ele já recebeu os laudos da necropsia do corpo e também da perícia realizada no local onde o adolescente foi encontrado.   Relembre o caso   Gabriel Oliveira Maciel, de 17 anos, saiu de casa, em Ponte Nova, na Zona da Mata, para ir a um sítio, em São José do Triunfo, distrito de Viçosa, em 6 de março, onde participaria de uma calourada promovida pela república Qkické. Ele foi visto pela última vez, na madrugada de 7 de março, andando sozinho pela rodovia que liga o distrito de São José Triunfo e Viçosa. Uma suposta namorada do adolescente, de 19 anos, estudante da Universidade Federal de Viçosa (UFV), teria recebido uma mensagem de voz do jovem por volta das 6 horas de sábado. Na mensagem, Gabriel diz “dá para a gente ir de carro” e outro homem responde “boto fé”.   Desde então, ninguém teve notícias do adolescente. O corpo só foi localizado na tarde de 9 de março, em uma vala, em uma região conhecida como Fundão, em uma área da UFV. O cadáver estava nu e em estado de decomposição.    Em nota, a UFV lamentou a violência contra Gabriel. Segundo a instituição, o corpo dele foi encontrado nas proximidades da BR-120, a cerca de cinco quilômetros do campus Viçosa. A universidade alegou que o local é uma área experimental, onde são realizadas atividades somente durante o dia. “Em função disso, a vigilância atua por meio de ronda, não permanecendo ali 24 horas”, disse.    “A festa aconteceu fora da universidade, em uma propriedade particular. Qualquer fato ocorrido durante esses eventos, que não são realizados no campus universitário, é de responsabilidade de seus organizadores”, afirmou, em nota. A UFV ressaltou ainda que Gabriel não era aluno da instituição.    Conforme consta no boletim de ocorrência registrado pela Polícia Militar (PM), o Conselho Tutelar esteve na casa da suposta namorada da vítima. Para o órgão, ela teria dito que Gabriel fez uso de bebidas alcoólicas e de drogas. Ela disse ainda que saiu da festa na companhia de amigas e que perdeu totalmente o contato com Gabriel posteriormente. Entretanto, no dia 10 de março, em depoimento prestado à Polícia Civil, a garota mudou a versão e disse que Gabriel não usou drogas e ingeriu pouca bebida alcoólica.   Segundo um dos membros da república Qkické, Lucas Marilton, somente maiores de 18 anos tiveram permissão para participar da festa. “Provavelmente, ele usou documento falso para entrar, porque tínhamos seguranças na portaria do sítio, além de duas viaturas da PM monitorando a festa”, afirmou.    Em conversa com a PM, a suposta namorada de Gabriel, confirmou que ele usou uma identidade falsificada em nome de outro rapaz. Segundo os militares, em contato com esse homem, ele relatou que perdeu a identidade e não sabia que a mesma estava com o adolescente.   A causa da morte de Gabriel, porém, ainda é desconhecida. A PC apenas disse que, por causa do estado de putrefação do cadáver, não foi possível identificar o tipo de lesão sofrida pelo adolescente e que apenas o laudo da necropsia poderá apontar como ocorreu a morte.    (* Com Thaís Oliveira - Hoje em Dia)

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