Polícia Civil reconstitui caso em que militares são suspeitos de balear investigadora e matar homem

Hoje em Dia
19/05/2015 às 11:42.
Atualizado em 17/11/2021 às 00:06
 (Polícia Civil/ Divulgação)

(Polícia Civil/ Divulgação)

A reconstituição do caso em que três policiais militares, durante a folga, se envolveram em um tiroteio com a policial civil Fabiana Aparecida Sales, que foi baleada, e provocando a morte do marido dela, Filipe Sales, foi concluída na noite dessa segunda-feira (18) e durou cerca de seis horas. O crime ocorreu na Região do Barreiro, no dia 28 de abril.

A investigadora e os três militares mostraram individualmente suas versões, na presença da equipe do Departamento de Investigação de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), de peritos criminais, do Ministério Público, da Corregedoria da Polícia Militar e de advogados dos PM’s. O indiciamento dos militares pelos crimes de homicídio, tentativa de homicídio, disparo de arma de fogo em via público e fraude processual permanecem.

De acordo com as investigações, no dia do crime, os policiais militares estavam numa mata, próxima à casa da investigadora, praticando tiro ao alvo. Uma placa utilizada como alvo no treinamento foi apreendida no local. Conforme o relatório de necropsia, Filipe foi alvo de oito tiros, sendo cinco pelas costas, dois no peito e um na coxa direita. A investigadora também foi atingida por um disparo. Filipe morreu no local e Fabiana foi atendida no hospital. Após cirurgia, ela foi liberada.

Entenda o caso

O terreno, próximo a uma área residencial, muitas vezes é frequentado por usuários de drogas. Fabiana contou que, ainda no período da tarde, enquanto trabalhava, foi informada pela filha, numa ligação telefônica, sobre o barulho de tiros vindos do local. Por volta das 18 horas, quando chegou em casa, a investigadora ouviu gritos e barulho de tiros vindos do mesmo terreno. Foi quando decidiu ir ao local, junto com o marido, verificar o que estava acontecendo. Ao chegar no local, foram surpreendidos pelos militares, que teriam disparado contra o casal, segundo relato da investigadora.

Segundo o delegado Alexandre Oliveira, os militares, após o fato, não prestaram socorro à vítima e ainda levaram as armas objetos das investigações. Eles teriam seguido para o Batalhão da Polícia Militar e só se apresentado à Polícia Civil cerca de oito horas após o crime, quando foi ratificado o auto de prisão em flagrante por homicídio tentado e homicídio consumado.

As armas usadas pelos policiais militares para o treinamento de tiro, três pistolas calibre 380, eram de uso particular. A Polícia prossegue na apuração sobre a procedência da arma que os militares afirmaram estar em posse de Filipe. Já a investigadora Fabiana portava uma pistola calibre 40 de uso policial.

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