Polícia Civil vai indiciar 63 pessoas que participaram da manifestação contra aumento de passagem

Hoje em Dia
13/08/2015 às 20:22.
Atualizado em 17/11/2021 às 01:20

Sessenta e três pessoas serão indiciadas pela Polícia Civil nos próximos 30 dias pelos crimes de dano ao patrimônio público e a desobediência a ordem de autoridade. A decisão foi divulgada na noite desta quinta-feira (13) pela assessoria de imprensa da corporação, dos 63 envolvidos, dois são menores.

O caso será investigado pela 4ª Delegacia do Centro e pela 1ª Delegacia Especializada de Apuração do Ato Infracional. Parte dos manifestantes prestaram depoimento nesta manhã no Escritório de Direitos Humanos, da Secretaria de Direitos Humanos. O grupo foi liberado após acordo entre o comandante da corporação, os deputados Rogério Corrêa e Nilmário Miranda e o delegado de Plantão da Central de Flagrantes (Ceflan).

Pelas redes sociais, representantes do Tarifa Zero lamentaram a detenção dos manifestantes. "Apesar da covardia que assistimos esta noite, anunciamos que continuamos nas ruas. O ato desta quarta contou com milhares de manifestantes e vamos dobrar no próximo. Nossa luta é contra o aumento ilegal das passagens e não é nenhum crime denunciar as mentiras usadas pela prefeitura para garantir o aumento para os empresários", publicaram.

Durante o protesto, realizado na noite de quarta (12) na Praça 7, houve uso de força pela PM. Bombas de gás lacrimogênio e balas de borrachas foram disparados e algumas pessoas ficaram feridas. Por meio de nota, o Governo de Minas lamentou a confusão e determinou uma apuração rigorosa dos fatos. “A Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania está acompanhando os desdobramentos do conflito e participará diretamente da investigação a ser feita pelos órgãos competentes, incluindo a escuta livre de todos os envolvidos e a perícia das imagens obtidas pela imprensa e nas câmeras de vigilância”.

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