Polícia Federal de Minas Gerais indicia dez por rompimento de barragem em Mariana

Aline Louise - Hoje em Dia
13/01/2016 às 17:23.
Atualizado em 16/11/2021 às 01:00
 (Reprodução/TV Globo)

(Reprodução/TV Globo)

A Polícia Federal já indiciou sete pessoas físicas e três jurídicas, no caso do rompimento da barragem da Samarco, em Mariana. Dentre eles, o diretor-presidente da mineradora, Ricardo Vescovi.

Todos respondem por "causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruição significativa da flora", condutas previstas na Lei de Crimes Ambientais (9.605/98). Se forem condenados, a legislação prevê pena de prisão de até 5 anos.

As pessoas jurídicas indiciadas foram a Samarco, a VOGBR e a Vale. Foram indiciados, também, o Coordenador de Monitoramento das barragens, a Gerente de Geotecnia, o Gerente Geral de Projetos e responsável técnico pela barragem Fundão, o Gerente Geral de Operações, o Diretor de Operações, o Diretor-Presidente da Samarco, bem como o engenheiro responsável pela Declaração de Estabilidade da barragem Fundão em 2015, funcionário da empresa que atestou a estabilidade das barragens.

Procurada, a Samarco, por meio de sua assessoria de imprensa, afirmou que "não concorda com o indiciamento de seus profissionais porque até o presente momento não há uma conclusão pericial técnica das causas do acidente."

Em nota, a Polícia Federal esclareceu que as investigações continuam e ainda podem ocorrer novos indiciamentos. "A atuação da Polícia Federal no caso se deve a sua atribuição para investigar crimes ambientais, tendo os dejetos atingido o leito do Rio Doce, que é bem da União (posto que banha mais de um Estado da Federação)", detalha o texto.

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