Quatro mandados de busca e apreensão devem ser cumpridos pela Polícia Federal (PF) em Lagoa Santa, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, nesta quinta-feira (12). Esta é a segunda fase da operação intitulada Gizé e que visa desarticular um esquema de negócios escusos promovidos por empresas de empréstimos e consignados. Os suspeitos, se condenados, podem pegar de 26 a 90 anos de prisão, além de multas, por exercerem negócios sem autorização do Banco Central do Brasil e da Comissão de Valores Imobiliários (CVM). Segundo a PF, três mandados estão sendo cumpridos no município de Lagoa Santa/MG, na residência do presidente da empresa Filadélphia Empréstimos Consignados Ltda e do irmão dele, que é sub-oficial da Aeronáutica. O homem exercia o cargo de superintendente da Filadélphia, conforme as investigações dos policiais federais. O terceiro mandado de busca e apreensão está sendo cumprido na sede da empresa Fator x Consultoria, que estaria funcionando em nome de um “laranja” do presidente da Filadélphia, em uma casa que pertence ao proprietário da empresa. O objetivo seria dar continuidade aos negócios escusos das pessoas que agiam através dessa empresa. Relembre Em janeiro de 2012, a Polícia Federal desencadeou a Operação Gizé, referente à investigação de organização criminosa, cujo modus operandi seria a captação de recursos de terceiros, remunerando estes investidores e, possivelmente, reaplicando esses mesmos recursos no mercado, além de estarem fazendo oferta pública de valores mobiliários. A ação caracteriza atividade própria de instituição financeira, porém, estava sendo executada sem autorização do Banco Central do Brasil e da CVM - Comissão de Valores Imobiliários. As empresas também estariam operando no mercado de seguros automotivos, sem registro ou autorização da SUSEP - Superintendência de Seguros Privados. Na época, foram cumpridos oito mandados de prisão temporária, 18 mandados de busca e apreensão e mais de 60 mandados de arresto de bens.