Polícia investiga fraude de R$ 100 milhões ligada a parque aquático; FBI ajudou na investigação

Cinthya Oliveira
cioliveira@hojeemdia.com.br
20/08/2020 às 17:46.
Atualizado em 27/10/2021 às 04:20
 (Divulgação/Polícia Civil de Minas Gerais)

(Divulgação/Polícia Civil de Minas Gerais)

A Polícia Civil realizou uma operação nesta quinta-feira (20) para apurar um suposto esquema de lavagem de dinheiro que envolve um parque aquático em Santa Bárbara, na região Central de Minas. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em Belo Horizonte, Barão de Cocais e Garças (SP). De acordo com os investigadores, a fraude teria um valor de R$ 100 milhões. Ninguém foi preso até o momento.

Durante a manhã, a operação Operação River of Money ouviu ao menos seis pessoas que são investigadas por participar de um esquema que envolveria dezenas de empresas de fachada, empresários, contadores e pessoas usadas como laranjas. Não foi informada qual seria a origem do dinheiro lavado no parque e nas empresas envolvidas no esquema. 

Dois investigados, que teriam grande importância dentro da suposta organização criminosa, moraram nos Estados Unidos e enviavam grandes montantes para o Estado da Flórida. Para que a movimentação financeira deles pudesse ser rastreada, o FBI colaborou com a Polícia Civil de Minas Gerais, passando informações sobre os passos deles em território americano.

As investigações tiveram início em 2018, quando a polícia identificou movimentações bancárias bastante volumosas de pessoas relacionadas ao clube. “Os valores declarados de pessoas físicas e jurídicas não condizem com a realidade. O esquema está ligado à movimentação de recursos através de laranjas e empresas de fachada e há indícios de crime de falsidade ideológica”, disse o delegado Domiciano Monteiro, do Departamento Estadual de Combate à Corrupção e a Fraudes.

Segundo ele, duas pessoas ouvidas pela polícia admitiram que venderam seus dados pessoais a terceiros, para que seus nomes pudessem ser usados nas movimentações. Entre os laranjas, estão parentes dos suspeitos, alguns deles de baixa renda, como camelôs e estudantes.

O parque aquático informou que não teve acesso aos dados da investigação e não irá se manifestar sobre o caso. 

Três Corações

Uma outra operação policial foi realizada nesta quinta-feira em Três Corações, no Sul de Minas, com cumprimento de 15 mandados de busca e apreensão. De acordo com a PC, a organização criminosa teria cometido diversos golpes, envolvendo locação fraudulenta de veículos, financiamentos contratados e não pagos para aquisição de carros de luxo, compra de diversos equipamentos e materiais de construção em grande quantidade, além de agiotagem. O prejuízo estimado seria de cerca de R$ 1 milhão.

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