(Polícia Civil / Divulgação)
O suspeito pelo assassinato de Carina Cristiane Bastos Nazaré, de 27 anos, foi apresentado na manhã desta segunda-feira (29), pela Polícia Civil, em Belo Horizonte. A mulher foi morta em 1º de novembro de 2014 com 43 facadas e ainda teve os olhos arrancados. O responsável pelo crime seria o ex-companheiro da vítima, José Geraldo Messias, conhecido como Geraldinho ou Gê, de 34 anos. Segundo a equipe de policiais civis do Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o crime foi premeditado e com requintes de crueldade. O local onde o crime ocorreu foi na Vila Eliana Silva, bairro Vila Santa Rita, na região do Barreiro. De acordo com o delegado Antônio Harley, que coordenou as investigações, no dia do crime, o suspeito chegou à casa de Carina, arrombou a porta e começou a golpear a vítima com o auxílio de uma faca. O investigado ainda decepou o dedo polegar da mão esquerda da vítima e arrancou-lhe o globo ocular esquerdo, além de matar o gato de estimação de Carina e também retirar-lhe um dos olhos. Foram encontradas marcas de sangue nas paredes da casa e na geladeira. Segundo Harley, o suspeito ainda teria utilizado o sangue da vítima para fazer um desenho no guarda-roupas. A mesma imagem foi encontrada em um caderno de propriedade do suspeito, reforçando a hipótese da premeditação do assassinato. A polícia acredita que o crime tenha sido motivado pelo fato de o suspeito não aceitar o fim do relacionamento do casal, mas não descarta outra linha de investigação. Tentativa de homicídio Durante as investigações, foi levantado que, no ano de 2011, José Geraldo já havia tentado matar outra ex-namorada. A mulher, que estava com um bebê no colo no momento da ação, conseguiu se salvar porque a arma não disparou. Na fuga, o investigado trocou tiros com a polícia. Ele conseguiu parar um veículo de transporte escolar e obrigou o motorista a conduzi-lo até o hospital de Ibirité. Há indícios de que José Geraldo, durante o percurso, tenha tentado molestar uma das crianças que estava no veículo. O delegado Antônio Harley ressaltou que, por já ter histórico de violência contra outras companheiras, possa existir mais vítimas de José Geraldo, sendo de extrema importância a denúncia do crime à polícia.