Polícia prende trio que esfaqueou e bebeu sangue de jovem em ritual macabro

Raquel Ramos e Renata Evangelista - Hoje em Dia
10/02/2014 às 13:10.
Atualizado em 20/11/2021 às 15:55
 (Wesley Rodrigues/Hoje em Dia)

(Wesley Rodrigues/Hoje em Dia)

Os três homens acusados de matar Camilla Christine de Oliveira Souza, de 18 anos, durante um ritual de magia negra, estão presos no Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp), em Belo Horizonte. Segundo investigação da Polícia Civil, após assassinar a vítima com golpes de faca no pescoço, o trio bebeu o sangue da jovem. O crime ocorreu no Dia das Bruxas do ano passado. Raony Dias Miranda, Kliver Marlei Alves dos Santos e Warley dos Reis Valentin da Silva, todos de 19 anos, negam participação do crime. Dois deles foram presos na última sexta-feira (7), durante a Operação Descarrego. Kliver já havia sido detido anteriormente por porte ilegal de arma e tráfico de drogas. Todos foram apresentado à imprensa nesta segunda-feira (10).   Conforme apurações da Polícia Civil, o crime foi motivado porque os suspeitos discordaram da atitude da vítima. Camilla havia iniciado no candomblé e, por isso, ganhou um cordão de proteção, que é repassado para todos os membros da religião. No entanto, ela arrebentou o guia.   No dia 31 de outubro do ano passado, data em que o trio iria realizar um ritual para proteger seus corpos, eles decidiram sacrificar a jovem. Para isso, os suspeitos atraíram Camilla até a casa de Raony, no bairro São Bernardo, região Norte da capital.   No local, segundo a polícia, ela recebeu uma gravata de Kliver enquanto Warley desferia golpes de faca em seu pescoço. Durante o assassinato, eles colocaram um prato debaixo do corpo da vítima para recolher seu sangue, que foi bebido posteriormente. As investigações revelaram que outras pessoas estavam na residência no momento do assassinato, mas os suspeitos ligaram o som alto para abafar os gritos.   Para se desfazer do cadáver, os investigadores informaram que o trio arrastou o corpo da vítima até a calçada. A polícia estranhou o fato da vítima ter vários ferimentos na região do pescoço, mas pouco sangue no corpo. Uma semana antes do crime, o irmão da vítima alegou que recebeu uma ligação de uma pessoa que se identificou como Lúcifer e disse que alguma coisa ruim aconteceria com sua família.   Raony é pai de santo e se diz feiticeiro. Além disso, a polícia disse que ele é homossexual assumido, drag queen e fazia programas junto com seu superior no candomblé. O trio deve ser indiciado por homicídio qualificado, por motivo cruel, torpe e sem direito de defesa da vítima.

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