A votação do Projeto de Lei (PL) nº 239, que vai permitir a ampliação dos hospitais de Belo Horizonte e, consequentemente, o aumento do número de atendimentos, foi acompanhada de perto por representantes do segmento médico e da sociedade.
Sob aplausos e brados de “vitória”, a aprovação do PL, em primeiro turno, foi comemorada nas galerias do principal plenário da Câmara Municipal. Moradora do Funcionários, na região Centro-Sul, a arquiteta Valéria Junqueira não escondeu a satisfação.
“Trata-se de um projeto que vai reduzir significativamente a falta de leitos em Belo Horizonte, especialmente para o setor de oncologia”, disse. Sensível ao problema, ela criou um movimento nas redes sociais em apoio à ampliação dos hospitais. “Em apenas 20 dias, conseguimos mobilizar mais de 6 mil seguidores”, contou.
Esperança
Integrante do Conselho Municipal de Saúde de Venda Nova, Rubens Caieiro acredita que, assim que a lei entrar em vigor, vidas serão salvas. “É inaceitável ver pessoas morrendo nas portas das unidades médicas por falta de leitos”, destacou.
A coordenadora da Comissão Técnica de Infraestrutura e Meio Ambiente da Associação dos Hospitais de Minas Gerais (AHMG), Renata Miari, também comemorou o resultado. “Tão importante quanto a aprovação do PL é também cumprir o que foi deliberado na 3ª Conferência Municipal de Políticas Urbanas, que definiu a flexibilização dos parâmetros urbanísticos. Pois esse fator ainda pode restringir a ampliação e construção de hospitais”, alertou.
Na avaliação do psiquiatra e diretor do Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Casas de Saúde do Estado de Minas Gerais (Sindhong), Claudio Moretzsohn, a aprovação do projeto de lei é um reconhecimento sobre o caos enfrentado pelo segmento médico e pela população.
Leia mais na Edição Digital.