(Fiat (com intervenção de Josan Ferreira))
Vender carro no Brasil não está fácil. Com o mercado em retração, devido às oscilações da economia, à consolidação das marcas estrangeiras e à nacionalização de outras tantas, quem tem fábrica por aqui precisa oferecer mais, mas sem sangrar a conta do consumidor. Em Betim, a luz amarela já acendeu faz tempo e a adoção do câmbio automatizado Dualogic no Fiat Uno é sinal de que é preciso qualificar os produtos para conquistar consumidor.
Andamos na versão Sporting, equipada com o câmbio robotizado de segunda geração (Plus). Seu funcionamento é bastante suave, sem aqueles trancos que marcaram a primeira geração da caixa da Magneti Marelli.
Mas ainda está longe da perfeição. Em algumas situações, como descidas de serra, a caixa insistir em segurar marcha. Nessas horas, basta cutucar a borboleta atrás do volante, já que o acionamento por botões no console aboliu a alavanca. Falando em botões, o manuseio é tão intuitivo quanto um videogame e elimina aquele vício de levar a mão ao trambulador.
A combinação do motor Fire Evo 1.4 com a caixa se mostrou eficiente. O consumo médio (no percurso combinado entre rodoviário e urbano) ficou na casa dos 8,2 km/l, com uso exclusivo de álcool. Médias muito parecidas com as obtidas com o carrinho equipado com motor 1.0 litro e caixa manual.
Para o consumidor que quer ficar livre do pedal da embreagem, o Uno Sporting equipado com kit Dualogic é uma das opções mais baratas do mercado. Com a caixa – oferecida como opcional, a R$ 3 mil e sem incluir outros itens na cesta –, o modelo custa R$ 40.215 (com direção hidráulica e vidros elétricos). Completíssimo, seu preço salta para R$ 48.990.