Portões se fecham rigososamente às 13 horas em BH e atrasados ficam de fora

Aline Louise e Iêva Tatiana - Hoje em Dia
25/10/2015 às 13:26.
Atualizado em 17/11/2021 às 02:12
 (Eugênio Moraes)

(Eugênio Moraes)

Diferente do sábado, um número menor de candidatos chegaram atrasados para as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), neste domingo. Ainda assim, teve estudante amargando o esforço perdido. Na PUC, no bairro Coração Eucarístico, os portões da PUC fecharam rigorosamente às 13 horas. A estudantes Jessica Adriana dos Santos, de 24 anos, chegou segundos depois, perdeu a chance de fazer a prova e não conteve o choro. "Para redação é que eu estava mais preparada", lamentou.

Apesar de ter saído cedo de casa, por volta de 11h30, ela conta que teve problemas com o cartão ao abastecer o carro no posto de gasolina. Ela tentava uma vaga no curso de direito.

No campus Estoril do UniBH, na região Oeste de Belo Horizonte, Guilherme Campos, de 19 anos, confundiu o horário de fechamento dos portões com o horário de início das provas e não conseguiu entrar. "Mas não tem problema, ia fazer o Enem só pra ver como estava a prova mesmo, porque já tenho bolsa", contou.

Espectadora

Caracterizada para uma festa à fantasia, a estudante de engenharia mecânica Natalia Lima, de 30 anos, foi para a porta da PUC ver a chegada dos atrasados do Enem. Ela se forma este ano e conta que durante todos o período da faculdade fez a prova do Enem e já passou por apertos por chegar na última hora. "Eu sou bolsista, então sempre fazia a prova, se caso perdesse a bolsa, poderia recuperar. Esse é meu ultimo ano de curso. Vim me despedir dessa fase", diz.

Precavidos

Já a candidata Lorenna Oliveira, 19 anos, chegou com antecedência para não correr risco de ficar de fora, mesmo morando perto do local da prova. "Agora é tentar manter a calma. Fui bem na etapa de ontem e estou mais tranquila para encarar a matemática e a redação, hoje".

Marco Aurélio da Silva Junior, 22 anos, não escondia a ansiedade. Também na terceira tentativa, ele quer conseguir uma nota boa para mudar de profissão. "Sou empreendedor, funcionário público e tenho uma filha de um ano e sete meses. Sou um pouco precoce, mas quero melhorar de vida", diz o candidato, destacando que tem um perfil diferente dos demais.

Calorão

Nesse calorão, a barraquinha da Elizabeth Maria dos Santos, em frente à PUC, está faturando com a venda de água. A garrafinha custa R$ 3,00 e ela já perdeu as contas de quantas vendeu neste domingo. "Foram muitas, é o meu momento. Se não fosse pra ganhar dinheiro eu não saia de casa", brinca.

Para driblar o calor, a estudante Jordana Andrade, de 20 anos,deixou a garrafinha dependurada na bolsa. "Não pode faltar", diz ela, que também investe em alimentos leves durante a prova. "Não dá pra trazer chocolate. Ai trouxe barrinha de cereal, fruta", conta. Ela tenta pela quarta vez uma vaga para o curso de fonoaudiologia.

A expectativa é de que neste domingo (25) as provas sejam mais difíceis do que as de sábado, por conta das questões de matemática e da redação.

 

Nos vídeos acima. a estudante Jéssica chega poucos segundos após o fechamento dos portões, na PUC e chora por não conseguir fazer a prova.

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