Possibilidade de queda do elevado ao lado do viaduto da Pedro I é descartada

Sara Lira - Hoje em Dia
10/07/2014 às 18:21.
Atualizado em 18/11/2021 às 03:20
 (Ricardo Bastos - Hoje em Dia)

(Ricardo Bastos - Hoje em Dia)

Está descartada a possibilidade de queda do elevado ao lado do viaduto Batalha dos Guararapes, que caiu no último dia 3 de julho. A confirmação foi dada pelo engenheiro da Defesa Civil, Nilson Luiz, após vistorias realizadas no local. Ele apresentou o relatório topográfico que comprova o não deslocamento da estrutura depois do acidente. O documento mostra que não houve recalque, ou seja, afundamento dos pilares, mas, sim, uma pequena movimentação de cerca de dois milímetros da estrutura que fica na cabeça do pilar, porém foi dentro da normalidade.    “Na questão do deslocamento horizontal, existe uma pequena variação. Mas isso já é esperado porque a estrutura está submetida à dilatação do concreto. É uma parte móvel para suportar esses atritos com veículos, frenagem, aceleração”, explicou.   Já de acordo com o engenheiro e presidente do Instituto Brasileiro de Avaliação e Perícias de Engenharia de Minas Gerais (Ibape-MG), Frederico Correia Lima, na hora do acidente essa estrutura móvel se deslocou aproximadamente cinco centímetros. A avaliação foi visual e, de acordo com ele, a movimentação não oferece riscos. “O tabuleiro fica apoiado em cima do pilar e avança um metro para além dele. Quando o outro viaduto caiu, as duas estruturas se esbarraram e isso fez com que o elevado que continua de pé se moviventasse. Mas a estrutura continua com segurança”, pontuou.   O engenheiro da defesa Civil não confirmou essa movimentação na hora do acidente, mas disse que prefere terminar os estudos para avaliar essa questão.   Por motivos de segurança, o elevado recebeu reforço nas escoras após o acidente e elas estão próximas aos pilares. “Não há nenhuma indicação de movimentação das estruturas, o escoramento é apenas preventivo”, frisou o gerente operacional da Defesa Civil de Belo Horizonte, coronel Waldir Figueiredo.    A avaliação topográfica do elevado começou a ser feita às 20h30 do dia 3 de julho, cinco horas e vinte minutos após a tragédia, e segue de hora em hora desde essa data. Havia o receio de ocorrer um deslocamento durante a demolição, que durou de segunda a terça-feira. Porém, os trabalhos prosseguiram sem problemas.   De acordo com Nilson Luiz, também não foram detectados abalos na estrutura do Residencial Antares, situado ao lado do viaduto. Ele afirmou que a empresa que fez vistorias nos apartamentos antes das obras realizará uma nova avaliação nos imóveis.    Recapemanto   Os trabalhos de restauração da avenida Pedro I, afetada pelo acidente, prosseguem. No sentido centro/bairro, está sendo feita uma pavimentação asfáltica e, no sentido contrário, pavimentação de concreto. A expectativa é de que a via seja liberada para o trânsito até sábado (12).  

Trabalhos de recomposição do asfato prosseguem no trecho da avenida Pedro I em que caiu o viaduto. Foto: Ricardo Bastos

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