Praça da Estação foi o local mais violento do Carnaval; PM reforçará segurança à noite em 2020

Renata Evangelista
06/03/2019 às 11:28.
Atualizado em 05/09/2021 às 16:51
 (Corpo de Bombeiros/Divulgação)

(Corpo de Bombeiros/Divulgação)

A Praça da Estação, que durante o Carnaval foi ponto de encontro de vários blocos e de milhares de foliões, foi o local mais violento de Belo Horizonte durante a Festa de Momo. Os casos mais graves ocorreram nas dispersões dos desfiles e foram concentrados no período noturno.

A avaliação é da própria Polícia Militar, que estuda reforçar a segurança, especialmente no período da noite, para o Carnaval de 2020. De acordo com o capitão Cristiano Araújo, assessor de imprensa da PM, o balanço final das ocorrências deve ser divulgado na quinta-feira (6). Contudo, ele adiantou que a Praça da Estação liderou os casos de vandalismo, desordem e outros tipos de crime.

Na noite de terça-feira (5), uma mulher foi encontrada desacordada na praça. Ela chegou a ser socorrida, mas não resistiu e morreu. A causa do óbito segue desconhecida e está sendo investigada pela Policia Civil. Também na noite de terça a PM soltou bombas e utilizou tiros de borracha para conter vândalos que atiravam pedras do viaduto Santa Tereza em direção a viaturas da corporação. Houve muita correria e grito dos foliões que ainda estavam no local.

Um dia antes, na segunda-feira (4), dois turistas franceses foram esfaqueados em uma tentativa de assalto quando deixavam a praça. Eles foram socorridos e não correm risco de morte. A PM também registrou três estupros na praça, sendo que duas vítimas foram violentadas no domingo (3). Um suspeito de 36 anos foi preso em flagrante. O outro abuso sexual foi registrado na noite de sábado (2).

"A Praça da Estação foi o local mais violento em quantidade de ocorrências e, também, em gravidade. Tivemos vários casos de necessidade de intervenção para controle de distúrbios nos finais dos blocos", relatou.

Policiamento

O capitão reconheceu que há a "necessidade mais ativa de atuação policial, principalmente nas dispersões dos foliões". O militar explicou que todo caso negativo detectado pela corporação vira um estudo de situação para que, futuramente, as ocorrências sejam minimizadas. "Esses casos são usados para novos planejamentos. Identificamos as causas, porque a PM trabalha, principalmente, com a prevenção. Aí nós mantemos o que já deu certo e trabalhamos para melhorar o que não deu".

Neste ano, BH teve recorde de público, com 4,6 milhões de foliões em todas as nove regionais da capital. Também teve a maior quantidade de blocos desfilando sobre os mais variados temas. O levantamento completo da folia deve ser divulgado pela Belotur nos próximos dias.

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