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A Justiça deu aval para que a Polícia Civil prorrogasse o prazo para a conclusão do inquérito referente às agressões físicas sofridas por Luiz Felipe Siqueira de Sousa, no dia 14 de novembro, dentro do Instituto de Educação de Minas Gerais. O adolescente morreu no dia 20, em decorrência das lesões sofridas.
Como houve flagrante e o agressor foi preso no mesmo dia, a Polícia Civil teve um prazo inicial de dez dias para encerrar o inquérito. Como nem todas as diligências necessárias foram realizadas no prazo, a 1ª Delegacia de Polícia Civil Centro solicitou a prorrogação do prazo por mais um mês. A data vence no dia 24 de dezembro e, caso o inquérito não seja encerrado até lá, o delegado pode solicitar à Justiça uma nova prorrogação do prazo.
Entenda o caso
O crime aconteceu dentro do pátio do Instituto de Educação de Minas Gerais. A vítima jogava futebol com os colegas, quando houve um desentendimento entre os adolescentes. Imagens de câmeras de segurança mostram que Luiz Felipe foi agredido com socos e pontapés por um colega de 18 anos.
A vítima tentou fugir, caiu sobre uma escada e machucou a cabeça em um degrau. Alunos do Instituto de Educação teriam contado que, ao perceber a gravidade da situação, o agressor também tentou ajudar, mas os colegas do jovem o levaram para a sala dos professores.
O suspeito foi preso preventivamente. A reportagem ouviu a defesa do agressor, que afirmou que o jovem está assustado e arrependido por tudo o que aconteceu. Segundo William Vaz, defensor público responsável pelo caso, a defesa vai pedir que ele seja julgado por lesão corporal. "Ele não teve a intenção de matar o colega. Houve, sim, a agressão, mas ela não foi iniciada com esse intuito. A pena deve ser maior agora porque a lesão resultou em morte, mas a própria família dele defende que a justiça seja feita, mas da forma certa", justificou.
Luiz foi criado em Minas Novas, mas se mudou para São Paulo, onde morou com o pai e o irmão mais novo por cerca de três anos. Recentemente foi trazido para Belo Horizonte por um tio, que conseguiu para o adolescente uma vaga no Instituto de Educação, uma das escolas mais tradicionais da capital mineira.
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