Prefeito de BH Alexandre Kalil lamenta morte de padre Pigi, o sacerdote dos mais necessitados

Da Redação
portal@hojeemdia.com.br
23/01/2021 às 09:32.
Atualizado em 05/12/2021 às 03:59
 (Reprodução/ Alexandre Kalil/ Twitter)

(Reprodução/ Alexandre Kalil/ Twitter)

O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), lamentou a morte de Pier Luigi Bernareggi, o padre Pigi, grande defensor dos mais pobres, ocorrida nessa sexta-feira (22). O religioso tinha 81 anos e faleceu no Convivium Emaús, no Dom Cabral, na região Noroeste, onde morava. A causa da morte não foi divulgada.

"Lamento profundamente o falecimento do Padre Pigi, missionário que colocou sua fé em prática nas obras em defesa dos direitos de quem mais precisa. Minhas orações e solidariedade aos fiéis, familiares e amigos", postou Kalil, no Twitter.

O gestor municipal também informou que as bandeiras da Prefeitura de Belo Horizonte estarão a meio mastro na próxima segunda-feira (25), em homanegem ao sacerdote.

Igreja se manifesta

A Arquidiocese de Belo Horizonte também se manifestou. Em nota, o arcebispo dom Walmor e os bispos auxiliares, dom Joaquim Mol, dom Geovane Luís e dom Vicente Ferreira, pediram preces ao padre.

"Nosso amado padre Pigi era aguerrido defensor dos excluídos, especialmente dos que são desrespeitados no direito fundamental à habitação. A sua vida simples, a sua coragem evangélica, a sua fidelidade aos ensinamentos de Jesus são marcas inapagáveis, lições para cada pessoa. Um sacerdote dos pobres, respeitado e admirado por todos", disse.Divulgação/ Arquidiocese de BH / N/A

Pigi e Papa Francisco

Padre Pigi

Filho de Carlo Bernareggi e Giovanna Bernareggi Spinelli, padre Pigi nasceu em Milano, Itália, em 6 de junho de 1939. Com doutorado em Filosofia pela Universidade Católica Del Sacro Cuore, em Milano, cursou Teologia na PUC.

Passou a integrar a Arquidiocese de Belo Horizonte em janeiro de 1964, sendo ordenado presbítero em 17 de dezembro de 1967, pela imposição das mãos do então arcebispo metropolitano dom João Resende Costa.

Em suas atividades sacerdotais, atuou como professor da PUC, foi Vigário Paroquial da Paróquia Nossa Senhora da Glória, bairro Eldorado, e Vigário Cooperador da Paróquia Santo Antônio, na Av. do Contorno, em Belo Horizonte.

Pároco da Paróquia de Todos os Santos, no bairro Providência, em Belo Horizonte, e Vigário Episcopal da Região Pastoral Norte. Na sua trajetória, o exercício do ministério sacerdotal era indissociável da luta em defesa dos mais pobres, dos mais necessitados.

Participou ativamente da criação do Programa Municipal de Regularização de Favela (Profavela), promulgado no dia 6 de janeiro de 1983, sendo o seu primeiro coordenador.

Foi um dos criadores da Central Metropolitana dos Sem Casa (CEMCASA) e do projeto do Bairro Metropolitano, sendo decisivo para que cerca de 20 mil pessoas tivessem um lar.

Atuou também na Pastoral de Vilas e Favelas da Arquidiocese de Belo Horizonte, dedicando-se incansavelmente para efetivar um Plano Metropolitano de Habitação Popular.

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