Prefeitura revê postura e admite remover fícus

Letícia Alves - Hoje em Dia
21/10/2015 às 06:53.
Atualizado em 17/11/2021 às 02:09
 (EUGENIO MORAES)

(EUGENIO MORAES)

A Prefeitura de Belo Horizonte revê sua e admite a possibilidade de remover os fícus que oferecem risco de queda nas avenidas Bernardo Monteiro, no bairro Santa Efigênia (Leste), e Barbacena, no Barro Preto (Centro-Sul). A alegação era de que o município estava de mãos atadas, pois dependia de liberação do Ministério Público Estadual (MPE) para cortar as árvores centenárias, como publicado nessa terça pelo Hoje em Dia.

Após a denúncia, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente informou que se houver ameaça à população ou risco de prejuízo material, os fícus serão removidos. Em nota, a secretaria afirmou que “não existe omissão por parte do poder público”.

Também nessa terça, após a publicação, técnicos da regional Centro-Sul retiraram galhos de duas árvores com risco de queda na Bernardo Monteiro. Estão previstas para esta quarta (21) outras vistorias na avenida, assim como na Barbacena.

Os fícus foram devastados pela mosca-branca em 2012. Até esta quarta (21), nenhuma árvore foi removida, nem as 37 mortas. O MPE informa que enquanto não houver uma solução definitiva para o problema, a prefeitura deve intervir. Caso necessário, é preciso isolar as áreas. Questionada sobre a possibilidade de isolamento, a Secretaria de Meio Ambiente informou apenas que “irá tomar as providências necessárias”.

Projeto

A solução definitiva é prevista apenas no primeiro semestre de 2016. Por meio de concurso público, cujo edital deve ser publicado em dois meses, será escolhido um novo projeto paisagístico para as avenidas.

Após a seleção do projeto será dado novo prazo para licitação e execução das obras, o que deixa indefinida a data para término da revitalização.

Serão aceitos projetos de todo o país, segundo a gerente de gestão ambiental da secretaria, Márcia Mourão. As diretrizes do edital foram definidas em reuniões com integrantes de movimentos de proteção do meio ambiente e representantes do Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município.

Entre elas está a proibição do plantio de novos fícus, devido às tentativas malsucedidas de combate à mosca-branca. Também está previsto a elaboração de dois planos. A ideia da prefeitura é usar plantas de grande porte, que garantam sombra e façam referência à antiga paisagem. Como elas podem demorar anos para crescer, o projetista terá que pensar em um cenário intermediário para composição das avenidas.

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