Prejuízo de fraude contra Dpvat no Norte de Minas é estimado em R$ 28 milhões

Danilo Emerich - Hoje em Dia
15/05/2015 às 18:20.
Atualizado em 17/11/2021 às 00:02

Um policial militar e um empresário de Montes Claros, no Norte de Minas, foram presos nesta sexta-feira (15), na continuação de uma ação conjunta entre o Ministério Público Estadual e o Polícia Federal. A operação “Tempo de Despertar” combate uma quadrilha especializada em fraudes do seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres (Dpvat).   Em 13 de abril, na primeira fase da operação, 41 pessoas foram presas em Montes Claros e em Janaúba. Com a saída de alguns investigados com o fim da prisão temporária, o MP agora pede a detenção preventiva dos acusados, que inclui policiais militares e civis, médicos, advogados e empresários.   Segundo o promotor da Coordenadoria de Crimes Contra a Patrimônio Público, Paulo Márcio da Silva, a investigação foi iniciada há mais de um ano. No entanto, a quadrilha age há pelo menos cinco anos na região e já teria provocado o prejuízo de cerca de R$ 28 milhões.   O grupo agia de diversas formas, em ações judiciais, para induzir juízes ao erro. Com laudos médicos e boletins de ocorrências falsos, o grupo pediu o aumento de indenizações até o valor teto (R$ 13,5 mil, válidos para casos de morte ou invalidez permanente).   Conforme o promotor, somente o policial civil preso nesta quinta, em 2013, teria, sozinho, registrado mais de 6 mil boletins de ocorrência. “Todos eram falsos. Ele recebia R$ 150 para forjar cada um”, afirmou Paulo.   O promotor disse que o golpe é aplicado em todo o Brasil. “É uma grande organização que se subdivide em células. A estimativa do prejuízo em todo o país é de R$ 1 bilhão. São mais de 300 mil ações judiciais pedindo aumento do valor das indenizações, sendo poucas não fraudulentas”, afirmou Paulo Márcio da Silva.

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