
O presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), deputado estadual Agostinho Patrus (PV), acusou o governador do Estado, Romeu Zema (Novo), de se apropriar do projeto de lei que prevê o pagamento de R$ 600 a cerca de 1 milhão de pessoas carentes em Minas. Nessa quinta (29), Zema fez postagens sobre a proposta com poucas citações à Casa.
"Governador Zema, se apropriar indevidamente de uma iniciativa sem consentimento do proprietário é crime previsto no Código Penal. Na vida, dar crédito pelas ideias é importante. Na vida pública, dar crédito é imprescindível, porque desafios só são superados quando somamos forças", afirmou Patrus, no Twitter.
Ainda na rede social, o chefe do Legislativo mineiro declarou que a construção deste projeto de lei é fruto da dedicação de todos os parlamentares da Assembleia e de que servirá para apoiar quem mais precisa. Patrus também afirmou que o PL apoiará "quem gera emprego e quem precisa trabalhar".
O PL 2.442/21, de proposição do presidente da Casa, foi aprovado em segundo turno nesta sexta-feira (30). O valor, inicialmente definido em R$ 500, foi aumentado para R$ 600. Na noite dessa quinta, Zema declarou que irá sancionar o projeto, já na próxima semana.
Zema falou sobre PL
Ao falar sobre o projeto de lei, nessa quinta, Zema afirmou que o apoio às famílias que mais precisam é urgente e que o Estado pagará o auxílio de R$ 500 (agora R$ 600), em parcela única, para aqueles que estão em situação de extrema pobreza (renda per capita de R$ 89).
"Desde o fim do ano passado, estudávamos formas de fazer esse pagamento. Afinal, encontrei um Estado quebrado e estamos arrumando a casa. E a solução veio do diálogo, da soma de forças pelos Poderes, que têm um objetivo em comum: melhorar a vida do nosso povo. Para colocar o projeto em prática, vamos utilizar os recursos do Refis, programa de renegociação de dívidas de empresas, conforme aprovado pela Assembleia", postou, no Twitter.
O Hoje em Dia entrou em contato com a assessoria do governador para obter um posicionamento sobre as críticas de Patrus e o governo informou que não irá comentar o assunto.