Primeiros socorros também podem salvar animais

Raquel Ramos - Do Hoje em Dia
03/11/2012 às 09:55.
Atualizado em 21/11/2021 às 17:50
 (FREDERICO HAIKAL)

(FREDERICO HAIKAL)

Parada cardíaca, choque circulatório ou traumatismo. Assim como os humanos, cachorros e gatos também são susceptíveis a graves problemas de saúde. Nesses casos, a agilidade no socorro pode ser determinante para a sobrevivência dos animais.

O assunto é sério, mas são poucos os proprietários que têm noções básicas de como agir diante de situações de risco, diz a veterinária Elaine Tessuto, do Centro de Ensino e Treinamento em Anatomia e Cirurgia Veterinária (Cetac), em São Paulo.


Pela boca
 
Um dos problemas recorrentes é o envenenamento. “Dependendo da substância ingerida, o próprio dono pode tomar as primeiras providências, induzindo o vômito com salmoura morna ou água oxigenada. Mas se for um produto abrasivo e cáustico, o vômito causa lesão no esôfago”. Nesse caso, apenas um profissional está apto a ajudar o bicho.

Procedimentos de primeiros socorros também podem ser adotados quando há traumatismo ou queimadura. “No primeiro problema, um lençol ou uma tábua podem ser usados como maca para transportar o animal sem que ele tenha que fazer esforço físico”, diz. Para aliviar a dor da queimadura no trajeto até o veterinário, deve-se colocar o membro ferido junto a água fresca. Gelo não pode, porque queima.

Resposta rápida dos donos também é necessária durante um engasgo, segundo o professor do curso de veterinária da PUC Minas Betim Marcos Barrouin Melo. “O dono deve pressionar firmemente o abdômen do animal”, ensina. Devido à anatomia diferenciada em relação aos humanos, o ideal é que a pessoa se informe com um veterinário sobre a forma correta de agir.


Sem ar
 
Foi justamente após um engasgo que, há quatro anos, a publicitária Rosana Maia perdeu uma cadela da raça Lhasa Apso. “A Nina comeu um pedaço de carne e quando vimos, estava roxa, com a língua para fora. Tentei tirar a comida com a própria mão, mas ela não sobreviveu”, lembra.

Massagens cardiorres-piratórias, necessárias quando o animal sofre uma parada respiratória ou cardíaca, também podem ser aprendidas. “Na teoria, é um movimento no tórax, com intervalos de três a cinco segundos. Mas como a manobra exige muito cuidado, só recomendo que seja feita se o dono tiver aprendido junto com um veterinário. Caso contrário, a massagem pode causar consequências mais graves”, alerta.
 
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