Procura por reabilitação para quem se curou da Covid-19 cresce mais de 60% em Belo Horizonte

Luiz Augusto Barros
@luizaugbarros
16/04/2021 às 18:46.
Atualizado em 05/12/2021 às 04:42
 (Fernando Michel/Hoje em Dia)

(Fernando Michel/Hoje em Dia)

A circulação das novas cepas do coronavírus, mais agressivas e contagiosas, impacta diretamente no aumento do número de infectados. Nos últimos meses, o vírus passou a acometer os mais jovens, que tem desenvolvido a forma grave da doença. Após dias nas terapias intensivas, muita gente deixa os hospitais ainda debilitada, precisando de acompanhamento depois da alta. Segundo dados da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), a busca por tratamento pós-Covid disparou.

Em março, a demanda nos Centros Especializados em Reabilitação (Creabs) cresceu 63,6%, em relação a fevereiro. Ao todo, 18 pessoas foram atendidas. O trabalho é desenvolvido por equipe multidisciplinar, composta por assistente social, enfermeiro, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, médico, nutricionista, psicólogo e terapeuta ocupacional.
 
Além disso, desde junho do ano passado, 250 pacientes foram “desospitalizados” pela prefeitura e passaram a receber o tratamento em casa, através do Serviço de Atenção Domiciliar (SAD).

Conforme André Menezes, da Gerência de Rede Complementar da PBH, o agravamento da pandemia provocou o salto na busca pela reabilitação, principalmente entre os jovens que saem de internações muito longas. Na maioria dos casos, eles precisam de auxílio para retirada do ventilador mecânico que auxilia na respiração, nos cateteres utilizados para a alimentação e até um reforço muscular, pois passaram muito tempo sem se movimentar. 

“A média de permanência do paciente no CTI tem sido em torno de 21 dias, e ele fica imóvel por muito tempo. Muitas vezes, é necessário ser feita uma traqueostomia. Então, ele precisa cada vez mais dos profissionais de reabilitação”.

Nos casos mais leves, a pessoa deve procurar os centros de saúde para realizar exames. Aqueles que demandam um tratamento intenso ou específico são encaminhados aos Creabs. Já os mais debilitados, que deixam as unidades de saúde ainda dependentes de um mecanismo para auxiliar na respiração, por exemplo, são atendidos pelo SAD. 

O gerente ressalta, porém, que nem sempre há a necessidade de continuar o tratamento médico após a alta hospitalar.

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