Professores, alunos e funcionários repudiam "violação de direitos" na UFMG

Hoje em Dia
11/11/2013 às 18:40.
Atualizado em 20/11/2021 às 14:05
 (Facebook)

(Facebook)

Cento e quarenta e um professores, alunos e servidores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) divulgaram nesta segunda-feira (11) uma nota em que repudiam o que eles classificam de "atos de violência e de violação de direitos humanos e acadêmicos". No documento, o grupo critica a falta de "canais institucionais formais, efetivos e ágeis" que possam resolver os problemas enfrentados pela instituição neste ano.   "Com muitíssima frequência, alunas e alunos negros (e, em determinadas condições também os/as nossos/as servidores técnico-­‐administrativos), indígenas, transexuais, cadeirantes, cotistas/bolstas é que são, de fato, as vítimas invisibilizadas desse sistema educacional discriminatório, violento. Essa não é e não pode ser a “cara” da nossa UFMG!", diz um trecho da nota.   "Assim, entendemos que uma concreta e efetiva política institucional de enfrentamento a todas as formas de  opressão, discriminação e violência no âmbito da nossa niversidade faz‐se não apenas mais necessária, mas realmente urgente. E ela precisará ocorrer se desejamos, de fato, que os parâmetros e princípios de uma sociedade/instituição de excelência efetivamente democrática, laica e inclusiva em nossa UFMG venham sim a se dirigir, finalmente, para a meta do reconhecimento e do valor da dignidade humana (e não apenas da produção do conhecimento)", prossegue.   No documento, o grupo lembra que em março ocorreu um trote de cunho nazista nas dependências da instituição. No segundo semestre, houve denúncias de assédio sexual, moral e acadêmico supostamente cometido por alguns professores da UFMG. "Também se sucederam episódios de violência entre alunos/as e que vieram ao conhecimento público com vários relatos de agressão moral, sexual e física por motivos, mais uma vez, de discriminação machista, racista e homofóbica. Desta vez em festas e nos bares e arredores da UFMG, sendo o ponto alto desta situação realmente deplorável a convocação de uma Festa de "Calourada”, do se tratar de festa cuja “política sexual da carne” é seu o tema central", diz nota.   A UFMG foi procurada pela reportagem do Hoje em Dia e informou que está apurando onde o documento foi protocolado. Somente depois disso a instituição poderá se manifestar sobre o assunto.

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por