Professores da UFMG querem a suspensão do calendário acadêmico

Liziane Lopes
llopes@hojeemdia.com.br
17/11/2016 às 12:48.
Atualizado em 15/11/2021 às 21:41
 (Flávio Tavares/Hoje em Dia)

(Flávio Tavares/Hoje em Dia)

Professores da UFMG planejam entregar ao Conselho Universitário da UFMG um documento pedindo a suspensão do calendário acadêmico do segundo semestre de 2016, durante todo o período da greve. Em reunião na noite desta quinta-feira (17) os docentes discutiram a situação com o conselho, mas decidiram se pronunciar oficialmente apenas na manhã desta sexta-feira (18). 

A ideia é retomar as atividades assim que a paralisação terminar e adequar o calendário, podendo incluir alguns dias de 2017, segundo Carlos Martinez, presidente do Sindicato de Professores de Universidades Federais de Belo Horizonte, Montes Claros e Ouro Branco. "Isto está sendo feito de forma a preservar o conteúdo da disciplina. Nossa greve não é contra alunos, é contra uma mudança na Constituição", explicou Martinez.

Os educadores pararam de trabalhar nessa quarta-feira (16) e a paralisação segue até que a PEC 241/55 seja votada, de acordo com sindicato. 

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55/2016 que limita os gastos públicos pelos próximos 20 anos foi encaminhada pelo Executivo ao Congresso Nacional e aprovada em dois turnos pela Câmara dos Deputados. No Senado, a Comissão de Constituição e Justiça aprovou, sem emendas, o relatório favorável à matéria, que segue para o plenário da Casa.

Em outubro, os líderes partidários do Senado definiram, em acordo com o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), um calendário para a análise e votação da proposta. Pelo cronograma aprovado, a PEC deverá ser votada em primeiro turno no plenário em 29 de novembro e, em segundo turno, em 13 de dezembro. Se a matéria for aprovada dentro desse prazo, será promulgada em 15 de dezembro, último dia de trabalho no Senado antes do recesso parlamentar.

Também aderiram ao movimento contra a PEC os técnico-administrativos da UFMG, do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG), da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) e do Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG). Eles estão parados desde o dia 31 de outubro.

No Estado, estudantes acampados em várias escola engrossam o protesto contra a PEC.

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