Professores das Unidades Municipais de Educação Infantil (UMEIs) estão paralisados a partir desta quinta-feira (28) e farão um ato na avenida dos Andradas ainda nesta tarde. Com o lema “Criança respeitada tem professora valorizada” os trabalhadores da educação infantil reivindicam a unificação da carreira docente com os demais professores e lutam contra a criação do cargo de Auxiliar de Apoio à Educação Infantil.
A Prefeitura Municipal de Belo Horizonte (PBH) em nota a imprensa, anunciou, também nesta quinta, a criação do cargo citado em atendimento a um pedido dos professores, diretores e coordenadores da Rede Municipal. No entanto, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública da capital (SindRede-BH) afirma estar havendo uma distorção da demanda.
Ainda segundo a nota, serão contratados até o mês de julho, 315 Auxiliares de Apoio à Educação Infantil. "Os educadores pediram para que colocassem mais profissionais em turmas com crianças de até dois anos, aí a prefeitura cria um cargo sem qualificação para baratear o curso do atendimento", alega a diretora do SindRede-BH, Maria da Consolação.
Maria da Consolação explicou que um dos requisitos para se candidatar a vaga anunciada, é não ter curso de magistrado e nem cursar pedagogia. "Isso é uma forma de terceirizar a função docente", emenda.
De acordo com a PBH, o Auxiliar de Apoio à Educação Infantil ajudaria o docente nas tarefas diárias dentro e fora da sala de atividades, mas, em hipótese alguma, poderá substituí-lo. O Auxiliar seria um profissional a mais nas turmas, além do professor.
Os educadores, a partir das 13h30 participarão de Audiência Pública na Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH).