Professores das Umeis vão se reunir com líder do governo na Câmara para discutir impasse com a PBH

Rosiane Cunha e Mariana Durães
rmcunha@hojeemdia.com.br
14/05/2018 às 19:40.
Atualizado em 03/11/2021 às 02:49
 (Sind-Rede/Divulgação)

(Sind-Rede/Divulgação)

O comando de greve dos professores das Unidades Municipais de Educação Infantil (Umeis) vai se reunir com o líder do governo na Câmara, vereador Léo Burguês (PSL), nesta terça-feira (15), para discutir as reinvindicações da categoria. Em seguida, o parlamentar prometeu sentar com representantes da prefeitura.

Em greve desde o dia 23 de abril, a categoria conseguiu esse encontro após lotar a reunião no Plenário na tarde desta segunda-feira (14), para exigir o apoio dos vereadores nas negociações com o prefeito Alexandre Kalil. 

E parece que a estratégia deu certo. Além do encontro com Léo Burguês, os professores conseguiram a assinatura de 20 vereadores que apoiam a luta por melhorias da educação infantil.

O diretor do Sind-Rede acredita nessa tentativa de retomada do diálogo. "Tá na hora de reativar a interlocução com a prefeitura e resolver esse conflito entre as partes", afirmou Wanderson Rocha.

Reinvindicações

Os professores da rede municipal pedem equiparação de carreira entre os profissionais que trabalham nas Umeis e os do ensino fundamental. 
Atualmente, um educador infantil em início de carreira recebe R$ 1.431 por 22,5 horas trabalhadas semanalmente. A proposta apresentada pela prefeitura no mês passado previa aumento de até quatro níveis na carreira para os profissionais formados em pedagogia ou normal superior e que não tiveram progressão por escolaridade, chegando a rendimentos de R$ 1.680,79.

Para os docentes, o acréscimo de quase R$ 250 não é suficiente, e o ideal seria chegar aos R$ 2.252,42 iniciais do ensino fundamental.

A Prefeitura de Belo Horizonte informou, por meio de assessoria, que mantém o posicionamento em relação à greve e que novas negociações serão feitas após o retorno das aulas. Ainda segundo a PBH, acatar a reivindicação representa um aumento de 55% na folha de pagamentos e um impacto de R$ 80 milhões por ano nos cofres municipais. Medida que seria “incompatível com a capacidade financeira da PBH”.

De acordo com o Sindicato, cerca 4,2 mil docentes (70% dos profissionais) aderiram à paralisação.

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