(Maurício Vieira)
O projeto "Canto da Rua Emergencial", criado durante a pandemia para prestar assistência à população de rua, encerrará as suas atividades no dia 31, após realizar mais de 25 mil atendimentos em três meses.
Coordenadora do projeto, a Irmã Cristina Bove, da Pastoral Nacional do Povo da Rua, salienta que foi um serviço de caráter emergencial e que não terá continuidade no local onde está, na Serraria Souza Pinto, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte.
Ela adianta que conversas com o Ministério Público para que se "abra uma outra frente, a partir de setembro", com algumas alterações em relação ao "Canto da Rua Emergencial", que reuniu várias entidades sociais.
"Não será semelhante porque esperamos que a prefeitura possa nos escutar em relação às propostas que fizemos, especialmente sobre a implantação de banheiros públicos, uma necessidade para toda a população de rua", assinala.
Além de banheiros, o "Canto da Rua Emergencial" oferece serviços que vão de alimentação à doação de roupas e hospedagem (cerca de 120 leitos).
"Primeiramente montamos uma barreira sanitária, para saber se a pessoa tem alguma comorbidade ou suspeita de Covid-19. Depois ela é encaminhada para higienização. Aqui também ela pode guardar as suas coisas e também seus animais", registra.
Esporadicamente, também eram oferecidos serviços odontológicos e de estética.
O principal patrocinador é o Unibanco, que, por contrato, não permite que sejam divulgados valores. O contrato se encerra também em 31 de agosto.
"Foi uma ação importante para a cidade, sobretudo para a população de rua, aliviando um pouco o estado de sofrimento dela nesta pandemia", analisa a Irmã Cristina.