Projeto de residencial prevê parques ecológicos em BH

Ricardo Rodrigues - Hoje em Dia
30/05/2015 às 09:06.
Atualizado em 17/11/2021 às 00:16
 (Divulgação)

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Proprietária de 12 hectares (120 mil m²) da Mata do Planalto, na Pampulha, a Direcional Engenharia apresentou nesta sexta-feira o projeto do residencial que irá ocupar o terreno. A maior parte, cerca de 8 hectares, será transformada em dois parques ecológicos, um público e outro na área do condomínio. Mesmo assim, a empresa ainda enfrenta resistência da vizinhança, que defende a plena preservação da área verde. A prefeitura já descartou a possibilidade de comprar a área, avaliada em R$ 120 milhões, em função da falta de recursos.

No local, serão construídas 760 apartamentos. “A comunidade vai ser ouvida sobre a implantação do parque municipal, sobre o que quer no local”, diz o superintendente de incorporações da Direcional, Francisco Brasil. Ele argumenta que o projeto em estudo não só respeita como supera, em todos os padrões, a legislação do município.

A empresa vai construir 46 mil metros quadrados, ao passo que a lei municipal, segundo Brasil, permitiria ocupar 66 mil metros quadrados. Ele explica que a única nascente localizada no terreno da Direcional será preservada e revitalizada. As demais estão em áreas de outros proprietários.

Casarão

Conforme a empresa, a sede da antiga Chácara do Maciel será transformada em espaço para programas educacionais. A lagoa também será revitalizada.

A Direcional deve aplicar R$ 100 milhões nas obras, recurso que inclui a ligação do esgoto de casas acima do empreendimento à rede da Copasa. “Os impactos previstos com a construção serão mitigados e compensados por meio de programas ambientais”, afirmou Francisco Brasil.

Resistência

A Direcional aguarda decisão do Tribunal de Justiça sobre a ação civil pública que embargou o empreendimento. “O Ministério Público pediu o cancelamento da licença prévia. Enquanto não for julgado o mérito, a mata tem de ser mantida como está”, diz a presidente da Associação Comunitária do Planalto, Magali Ferraz.

Ela critica o fato de a empresa não ter organizado nenhum encontro com a comunidade. “Se estiverem dispostos a nos ouvir, vamos conversar. A comunidade está disposta a lutar pela preservação da última área verde da região”.

Magali destaca que o empreendimento prevê 1.300 vagas de garagem e que pouco deve sobrar das nascentes no entorno da mata, na avaliação dela, porque a fundação dos prédios deverá atingir o lençol freático. A associação de moradores ainda tem esperança de que o município transfira para a Direcional o direito de construir em outro local.

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