Projeto para substituir fícus sairá de concurso

Gabriela Sales - Hoje em Dia
30/01/2015 às 07:57.
Atualizado em 18/11/2021 às 05:50
 (Frederico Haikal/Hoje em Dia)

(Frederico Haikal/Hoje em Dia)

A recomposição paisagística das avenidas Bernardo Monteiro e Barbacena, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, poderá ser definida por meio de concurso que apontará quais espécies vão substituir os fícus afetados pela mosca-branca. A proposta foi anunciada na reunião de ontem entre representantes da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA), Fundação Municipal de Cultura, Ministério Público e do Fica Fícus, movimento em defesa das árvores atingidas pela praga.

Entre outras diretrizes, o concurso deverá apontar no mínimo duas espécies que serão usadas na nova arborização, respeitando as características dos fícus: de grande porte e de sombra elevada. Alguns exemplos são pau-brasil e figueira brasileira.

“Não queremos correr o risco de as novas árvores também sofrerem com pragas, comprometendo todo o patrimônio”, ressalta a gerente de gestão ambiental da SMMA, Márcia Mourão.

A elaboração do concurso passará por análise da administração municipal. As diretrizes aprovadas pela comissão também precisam ser aprovadas pelo Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município. A votação está prevista para ocorrer em abril.

Desde 2012, a SMMA trava uma batalha com a mosca-branca. Na tentativa de eliminar o inseto, foram usadas armadilhas a aplicados inseticidas naturais, medidas que não surtiram efeito.Além do resgate da paisagem nas duas avenidas, o projeto terá de apresentar um plano de proteção para os fícus sadios.

O Conselho Deliberativo prevê que as mudas escolhidas para compor o novo cenário sejam de árvores que alcancem altura superior a 2,5 metros. “Para chegar ao tamanho dos fícus, serão precisos mais de 30 anos. Por isso, precisamos de exemplares variados e que estejam em pleno desenvolvimento”, enfatiza Márcia Mourão.

SOMBRA

Enquanto as novas árvores estiverem em desenvolvimento, “cada urbanista que participar do concurso deverá pensar em uma solução temporária que resgate a sombra e o aconchego das avenidas”, destaca a gerente ambiental.

Poderão ser usadas espécies de trepadeiras ou outras que não prejudiquem o desenvolvimento da nova arborização. Para a correta manutenção e cuidados com as árvores que serão plantadas, estão previstas medidas como piso que facilite a adubação e a irrigação das espécies.

Da mesma forma, o piso deverá facilitar a instalação de mobiliários urbanos (como bancos) e as regras de acessibilidade.
 

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