Promotor chama Quaresma de canalha e advogado retruca: "Canalha é você, eu vou provar"

Ana Clara Otoni - Hoje em Dia
25/04/2013 às 13:33.
Atualizado em 21/11/2021 às 03:09

Durante o quarto dia do julgamento do ex-policial Marcos Aparecido, o "Bola, nesta quinta-feira (25), em Contagem, na Grande BH, o advogado Ércio Quaresma e o promotor Henry Vasconcelos protagonizaram http://www.hojeemdia.com.br/minas/apos-clima-tenso-entre-quaresma-e-edson-moreira-juiza-intervem-para-colocar-ordem-no-plenario-1.116506 discussão inflamada, com ofensas e acusações.

Quaresma durante o júri, tem feito diversas perguntas com elementos característicos da fase de debates, argumentando, induzido respostas e dado opiniões durante a formulação das questões.

Em uma delas, a alegação de Edson Moreira de que já havia respondido à questão, o promotor Henry Vasconcelos intercedeu pela testemunha, solicitando à juíza que fosse finalizado o questionamento da defesa à última testemunha se o defensor persistisse em usar tal conduta.

Neste momento, o promotor chamou o advogado de "canalha". O defensor não deixou por menos e partiu para o ataque: "Canalha é você, eu vou provar que canalha é você", se exaltou Quaresma.

Promotor e advogado de defesa gritaram acusando um ao outro de "canalha". A juíza tentou conter os ânimos e chegou até a curvar-se para trás na cadeira, dizendo que se esse comportamento entre os "doutores" persistisse ela iria interromper o depoimento de Edson Moreira.

"Se a carapuça lhe serve, problema é seu. Eu sou responsável pelas palavras que profiro"

O delegado aposentado foi perguntado por Quaresma se houve pagamento ou "recompensa" pela morte de Eliza Samudio. Ele disse que a morte foi por "pistolagem" e que ele acredita que tenha tido pagamento, mas que nunca foi investigado isso porque ele estava apurando a morte e, não, o causístico.

O advogado de "Bola" aprofundou na questão e disse que foi dito que "pessoas ligadas ao Marcos Aparecido, só faltando dizer que era o Quaresma, teria recebido esse pagamento".

O promotor Henry Vasconcelos, exaltado, disse que nunca proferiu denúncia sobre isso. "Se a carapuça lhe serve, problema é seu. Eu sou responsável pelas palavras que profiro", gritou o promotor apontado para Quaresma. O defensor de "Bola" disse: "O senhor está me investigando e vai cair de quatro", finalizou o advogado.

Sem pausa para almoço: "Vou virar faquir"

Já era mais de meio dia quando Quaresma perguntou à juíza sobre a pausa do almoço. Marixa Fabiane disse que esperava ele terminar de fazer as perguntas ao delegado aposentado para conceder o intervalo.

O defensor de "Bola" retrucou: "Então vou virar faquir", referindo-se aos indivíduos que se exibem submetendo-se a suplícios e jejuns para dar provas de resistência a dores físicas. A magistrada respondeu: "Eu não vou trabalhar sábado e domingo, doutor".  

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