O protesto de parte dos lojistas do Shopping Oiapoque, no centro de Belo Horizonte, tem mantido as lojas parcialmente fechadas desde sexta-feira (18). O motivo é a proposta da direção do centro de compras para que o shopping passe a funcionar também aos domingos, com capacidade máxima, mas em horário reduzido, até 15h.
A proposta não agradou a todos e muitos lojistas resolveram baixar as portas em protesto. Segundo o diretor do mall, Mário Valadares, o shopping já abre aos domingos, mas de forma facultativa, ou seja, só abre quem quer. "Domingo é um dia de muita procura, por isso criamos a portaria que tornava a abertura obrigatória a partir do último domingo (20)".
Na sexta-feira (18), segundo Valadares, foi feita uma reunião entre a direção do Shopping Oiapoque e alguns lojistas, mas o impasse continuou. "Os lojistas que estão criando confusão são a minoria, uns 20% só não querem abrir. A nossa ideia, na reunião, era até voltar atrás e continuar a ser facultativo, mas não houve um diálogo respeitoso, então, mantivemos a obrigatoriedade".
Nesta segunda (21), algumas lojas permaneciam fechadas. Ainda não há previsão de quando o shopping vai voltar a funcionar com todas as lojas abertas.
Manifestações continuam
O lojista Júlio Alexandre Pereira, um dos líderes do protesto, disse que o não funcionamento do shopping aos domingos é uma das reinvindicações, mas os lojistas também reclamam de outros fatores.
"Se você abre ou fecha a loja fora do horário estipulado pelo shopping, recebe uma multa. Nós tinhamos 20% de desconto do aluguel do box e, agora, a direção cortou. Além disso, eles estão deixando de vender os espaços para gente para privilegiar os estrangeiros, e cobrando preços absurdos por cada loja. É um conjunto de fatores que tem nos deixado muito insatisfeitos, por isso resolvemos protestar", explica.
Segundo Alexandre, eles estão em negociação com o shopping, mas enquanto não conseguirem resolver todas as questões, manterão o protesto. "Enquanto não formos atendidos em nossas demandas, as lojas se manterão fechadas por tempo indeterminado", afirma.