(Frederico Haikal)
Uma equipe formada por ténicos, professores e biólogos da PUC Minas deve iniciar nesta sexta-feira (25) os trabalhos de reconstituição da preguiça gigante. A réplica, uma das principais atrações do Museu de Ciências Naturais da universidade, ficou completamente destruída durante um incêndio que atingiu o segundo andar do prédio na última terça-feira (22). De acordo com informações da PUC Minas, a previsão é de que a reconstituição seja concluída em 45 dias, o que inclui também pintura das peças por artistas plásticos e uma pré-montagem. A remontagem da preguiça ficará guardada no museu até a reabertura do espaço, que por enquanto deve continuar fechado para visitação pública por tempo indeterminado. Segundo o coordenador do museu, professor Bonifácio José Teixeira os trabalhos terão início com o processo de produção de moldes das partes do esqueleto da preguiça. Já a réplica será feita a partir de fósseis da coleção de Paleontologia do museu, uma das mais importantes das Américas e com mais de 70 mil peças tombadas, não atingida pelo incêndio. Incêndio O incêndio que destruiu parte do acervo do Museu de Ciências Naturais da PUC Minas aconteceu na tarde de terça-feira (22). As causas ainda estão sendo investigadas, mas segundo o professor Bonifácio a suspeita é de que ao desligar as luzes do museu tenha acontecido um curto circuito que teria dado início às chamas que atingiram o segundo andar do prédio. A perícia esteve no local e o laudo será divulgado em 30 dias. Além da preguiça gigante, fotos, maquetes, peças de resina e cerâmica e outras duas exposições permanentes estão entre o material atingido pelo fogo. Já as peças originais e de importância científica que estão no espaço Lund foram preservadas, entre elas, a cabeça de Luzia, um dos mais antigos registros de humanos já encontrados nas Américas. O corpo do gorila Idi Amin, que morreu no ano passado, também estava em uma área isoladae não foi atingido pelas chamas. O Museu Criado em 1983, o Museu de Ciências Naturais PUC Minas desenvolve atividades científicas, educativas e culturais, além de pesquisas nas áreas de paleontologia, zoologia e conservação da natureza e recebe cerca de 500 visitantes diariamente. Segundo informações do site, uma das principais coleções de mamíferos fósseis da América do Sul, além de coleções da fauna brasileira atual de mamíferos, aves, répteis e anfíbios estão entre as peças do acervo.