Quadrilha aplicou mais de 500 golpes a militares de MG e ES

Gabriela Sales
gsales@hojeemdia.com.br
21/12/2016 às 12:14.
Atualizado em 15/11/2021 às 22:10

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), unidades de Belo Horizonte e Governador Valadares, deflagrou nesta quarta-feira (21) uma operação de combate aos crimes de estelionato e lavagem de dinheiro.

A ação contou com o apoio das polícias Civil e Militar de Minas Gerais, do Gaeco do Espírito Santo, e da Polícia Militar do Espírito Santo.

Um dos presos, conforme informações da promotoria, se passava por policial civil e mantinha imovéis de luxo em Belo Horizonte.

O promotor Peterson Queiroz Araújo, que coordenou a operação, revelou que o grupo criminoso atua desde 2012. "A quadrilha era bastante organizada com funções determinadas. Os dados das vítimas eram retirados de internet e escolhidas de forma aleatória", explica. Ainda de acordo com o promotor, os depósitos realizados pelas vítimas tinham valores entre R$ 3 mil e R$ 5 mil. "Quantidades pequenas que não chamavam a atenção. A justificativa era que o dinheiro cobriria honorários", completa. 

Ainda de acordo com a promotoria, com uma história bem arquitetada e com a estrutura disponibilizada pela organização, os criminosos conseguiam convencer as vítimas a depositar grandes valores em dinheiro referente a falsos honorários ou custas processuais em contas bancárias informadas pelo grupo, sob a alegação de que deveriam efetuar os pagamentos para obter a liberação do dinheiro. Os criminosos utilizavam, ainda, nomes de autoridades do alto comando da Polícia Militar para conferir mais credibilidade aos argumentos do grupo.

Os levantamentos ainda não foram concluídos, mas as investigações apontam para a existência de mais de 500 vítimas.

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