(Deoesp/Divulgação)
Uma quadrilha de traficantes internacionais, de grande poder aquisitivo, que atuava em uma mansão no Condomínio Escarpas do Lago, em Capitólio, Sudoeste mineiro, foi desmantelada pela 1ª Delegacia de Combate ao Crime Organizado (1ª Deroc).
Foram presos o líder Adriano Simões e o químico Luiz de Carvalho e R.S. Outro importante integrante do esquema, que, segundo a polícia, trazia pasta de cocaína da Bolívia, Walysson Moreira, está foragido. Também foram indiciadas Ana Cláudia Silva, Elaine Silva, Vinícius de Morais e Gabriela Silva.
As investigações, que demandaram dois meses, apontaram que traficantes de Ariquemes, em Rondônia, estariam negociando cocaína com esta quadrilha, instalada em Contagem, na Grande BH. A droga, proveniente da Bolívia, abastecia pontos de venda na capital mineira, Contagem e Betim.
Segundo a polícia, a quadrilha presa repassava a droga para abastecer pontos de traficantes menores. A quantidade mínima vendida era de um quilo. As investigações apontaram que Adriano Simões seria o líder da quadrilha, tendo como seu "braço-direito" Walysson Moreira, que atuaria no recebimento da pasta base.
Outro suspeito, o químico Luiz de Carvalho recebia a pasta base das mãos de Alysson e atuaria no refino e desdobramento - adicionava outras substâncias como talco ou pó de mármore - para aumentar em até seis vezes a quantidade original da droga recebida da Bolívia.
As investigações levaram os policiais até o laboratório onde Luiz de Carvalho trabalhava, localizado em Contagem. No local, os policiais apreenderam todo o material para o refino e desdobramento da droga como uma prensa hidráulica, liquidificadores industriais, éter, acetona, ácido sulfúrico e ácido bórico.
Até então, o laboratório funcionava em uma casa no bairro de classe média, sem levantar suspeitas dos vizinhos. No local também foram apreendidos sete quilos de pasta base que seriam desdobrados e resultariam cerca de 40 quilos de cocaína.
A quadrilha mostrava um grande poder aquisitivo. Foram apreendidos uma lancha avaliada em R$ 200 mil, três veículos e três imóveis, sendo um deles uma casa de luxo no Condomínio Escarpas do lago, em Capitólio, Sudoeste mineiro.
Os suspeitos foram autuados nos artigos 33 35 da Lei 11.343/06 e Crime de lavagem de dinheiro (lei 9.613/98).