"Quando entrei, a merda já estava feita", alega advogado

Alessandra Mendes e Fernando Zuba - Do Hoje em Dia
19/11/2012 às 06:29.
Atualizado em 21/11/2021 às 18:23

O julgamento vai ser um prova de fogo para todos, mas, em especial, para o advogado do goleiro Bruno Fernandes, Rui Pimenta. Ele assumiu o caso no fim do ano passado depois que vários outros defensores tinham atuado na causa. Esse, assume Pimenta, é o maior problema do atleta atualmente. Tropeço que pode ser irreversível.

“Quando entrei, com o perdão da palavra, a merda já estava feita. É a mesma coisa que um jogador entrar aos 45 do segundo tempo de um jogo decisivo em que o time dele está perdendo por quatro a zero. É difícil limpar o que fizeram, mas ainda acredito na virada”, afirma o advogado de Bruno.

O erro, segundo Pimenta, teria ocorrido na fase processual, quando o goleiro teria sido orientado por seus defensores a se manter calado. “É a velha história: quem cala consente. Se ele tivesse dito que não tinha nada a ver com o caso na época, o cenário hoje seria outro”. E, segundo ele, Bruno está ciente de tudo. “Falei com ele que vai ser muito difícil consertar isso. Por isso, não prometi nada, só dedicação e muito trabalho”, revela Pimenta.

A primeira vez que Bruno falou sobre o crime foi ainda quando atuava como goleiro do Flamengo, em julho de 2010. Na época, o jogador declarou que tinha estado com Eliza pela última vez há três meses, quando tinha ido conhecer a criança e que não ia dar muitos detalhes a pedido de seu advogado. Mas, depois, ficou comprovada a mentira. Eliza esteve, um mês antes da entrevista, no sítio do goleiro, em Esmeraldas, junto com o atleta e outras pessoas.

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