(Frederico Haikal )
Em suas alegações preliminares ao júri, Ércio Quaresma, advogado do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o "Bola", disse que a expedição do atestado de óbito da modelo Eliza Samudio foi precipitado, já que não haveria comprovação da materialidade do crime.
Ele exemplificou com o julgamento de Jorge Luiz Rosa, primo do goleiro Bruno, que foi julgado por ato infracional análogo a homicídio, sem que fosse, neste caso, emitido o documento que comprovaria a morte da ex-namorada de Bruno Fernandes.
Ainda sobre o atestado de óbito, o advogado disse que o documento poderia conduzir jurados ao erro, uma vez que poderiam ser induzidos a acreditar na realização do crime. Ele alegou que a juíza Marixa Fabiane, pela função que exerce, não teria competência para expedir o atestado de óbito de Eliza Samudio.
Durante o julgamento, Quaresma disse ainda que juíza "inovou" e "criou norma" ao fixar tempo para as preliminares. Segundo ele, argumenta que foi entregue um pedido de habeas corpus na sexta-feira (19), na 4ª Câmara Criminal do TJMG, para que não fosse fixado tempo para as alegações preliminares.
O desembargador atendeu parcialmente o pedido e acrescentou 15 minutos aos 20 já previstos pela magistrada. Para ele, a juíza "inovou e criou norma" ao fixar um tempo para essas preliminares.