Quatro integrantes de quadrilha suspeita de ataque a banco em Capelinha são mortos em Goiás

Gabriela Sales
gsales@hojeemdia.com.br
07/08/2017 às 16:43.
Atualizado em 15/11/2021 às 09:57
 (PMGO/Divulgação)

(PMGO/Divulgação)

Uma quadrilha envolvida na explosão da agência bancária da Caixa Econômica Federal (CEF) em Capelina, no Vale do Jequitinhonha, foi desarticulada neste fim de semana na cidade de Ouvidor, em Goiás. O crime na cidade goiana ocorreu na última quarta-feira (2). O grupo era conhecido pelas polícias de Minas e Goiás por envolvimento a ataques a bancos nos dois Estados. Quatro suspeitos foram mortos durante confronto com a Polícia Militar de Goiás. O único sobrevivente foi preso no sábado (5), em uma estrada vicinal na rodovia GO-330 entre os municípios de Catalão e Ouvidor.

A quadrilha foi descoberta pelos militares durante patrulhamento de rotina na rodovia. “Militares faziam fiscalização na estrada, quando deram ordem de parada para um caminhoneiro. O motorista simulou parar e, quando aproximamos, eles começaram a atirar”, contou o chefe da assessoria de imprensa da Polícia Militar de Goiás, tenente-coronel Marcelo Granja.

Na tentativa de desviar da polícia, os suspeitos abandonaram o caminhão em uma estrada às margens da rodovia. Dentro do veículo, os militares encontraram documentos originários do banco de Capelinha. “Foi quando o setor de inteligência da polícia contactou a polícia mineira que confirmou o ataque ao banco e que o grupo estava sendo procurado em Minas”, completou o tenente-coronel.

Uma megaoperação envolvendo a polícia de Goiânia foi desencadeada então na tentativa de localizar e prender os criminosos. Novamente houve troca de tiros com a polícia e quatro criminosos foram mortos. Os suspeitos foram identificados como Cleuber Henrique Farnese Andrade, Kael Sousa Campos, Lucas Daniel Santos Silva e Leonardo Sousa de Araújo. O quinto suspeito, Lucas Oliveira Brito, acabou sendo preso.

No matagal, que serviu de esconderijo por dois dias, a polícia apreendeu uma submetralhadora, uma pistola .45, duas pistolas 380, munição, coletes a prova de bala, toucas ninja, pares de luvas, além de explosivos e R$ 33 mil em dinheiro.

Com alto poder bélico, bem organizados e articulados, a quadrilha, todos de Uberlândia, no Triângulo Mineiro, era bastante conhecida pelas polícias de Minas e Goiânia. Segundo o delegado regional da Polícia Civil de Catalão (GO), Jean Carlos Arruda, o grupo era monitorado há dois meses. “O serviço de inteligência da Polícia Civil de Goiás e Minas havia identificado que o grupo era especializado em ataques a bancos. Em julho deste ano, descobrimos o esconderijo da quadrilha na cidade de Aparecida de Goiânia. Na época, fomos ao local para cumprimento de mandado de prisão. Houve confronto e dois suspeitos morreram”, detalhou o delegado.

O caso será investigado em conjunto pela Polícia Civil de Minas e Goiás. Para o delegado, a quadrilha teria participado de outras explosões a banco nos dois Estados. “Não há dúvidas de que eles tenham cometido outros ataques a bancos e até mesmo agências dos Correios. O último foi em Capelinha, como confirmou o único preso. Agora, vamos descobrir como a quadrilha se planejava para aterrorizar essas cidades”, reforçou o delegado.'

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