(Lucas Prates/Hoje em Dia)
Era tarde de 3 de julho de 2014 quando o viaduto Batalha dos Guararapes desabou na avenida Pedro I, na divisa dos bairros Itapõa e São João Batista, nas regiões da Pampulha e de Venda Nova, em Belo Horizonte.
Com falhas graves no projeto e com menos aço do que o necessário, o elevado caiu e os destroços atingiram um carro de passeio, um micro-ônibus coletivo e dois caminhões. Duas pessoas morreram e outras 23 ficaram feridas. O desastre, que teve repercussão mundial, aconteceu durante a Copa do Mundo realizada no Brasil.
A tragédia completa um ano nesta sexta-feira (3) e, até hoje, nenhum responsável foi punido. O inquérito feito pela Polícia Civil, que indiciou 19 pessoas, está com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). A expectativa é que nos próximos dias, o inquérito criminal deve ser remetido à Justiça.
Por enquanto, ficou decidido que o caso será encaminhado a uma Vara Criminal. Assim, será julgado pelo Tribunal do Júri - o júri popular irá analisar os crimes contra a vida, como o homicídio. Já os outros tipos de crimes, inclusive os que podem resultar em morte, ficam a cargo das Varas Criminais. Paralelo ao processo criminal, o MP ainda atua no caso no que se refere à área cível.
Indignados, moradores da região prometem parar o trânsito na região onde aconteceu o desastre nesta sexta, a partir das 18 horas.
Indiciamento
Entre os indiciados estão o ex-secretário de Obras e ex-presidente da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), José Lauro Nogueira Terror, além de engenheiros, arquitetos, encarregados e projetistas responsáveis pelo empreendimento.
O grupo foi indiciado por homicídio com dolo eventual, 23 tentativas de homicídios e crime de desabamento. O prefeito Marcio Lacerda (PSB) foi poupado do inquérito policial por ausência de provas. Assista ao vídeo do momento em que o viaduto na avenida Pedro I desabou em Belo Horizonte:
Confira a galeria da tragédia em Belo Horizonte: