Quedas nas taxas da ocupação de UTI e da transmissão da Covid permitem reabertura do comércio em BH

Marina Proton
mproton@hojeemdia.com.br
30/01/2021 às 07:38.
Atualizado em 05/12/2021 às 04:03

As quedas nas taxas de ocupação dos leitos de terapia intensiva (UTI) e da transmissão por infectado (Rt) da Covid-19 foram decisivas para a reabertura do comércio não essencial em Belo Horizonte, a partir da próxima segunda-feira. O avanço na flexibilização de todas as atividades econômicas da metrópole foi anunciado nessa sexta-feira pelo prefeito Alexandre Kalil.

Daqui a dois dias, bares e restaurantes poderão funcionar de segunda a sábado, entre 11h e 22h, com venda e consumo de bebidas alcoólicas até às 15h. Lojas de rua e shoppings receberam aval para abrir as portas das 9h às 20h. Congressos, feiras, exposições e seminários também estão liberados, assim como as academias. Aos domingos, porém, tudo ficará fechado na cidade.

Números
A ocupação dos leitos de UTI, exclusivos para pacientes com Covid, que estava acima de 80%, desde o ano passado, agora segue em 74,5%. Os de enfermaria estão em 56,8% e o Rt marca 0,95 – ou seja, cada cem pessoas contaminadas transmitem o novo coronavírus para 95.

"Os índices baixaram bem. Mas estão falando em cepa nova, em coisa nova, que temos que esperar o que vai acontecer. Com base nos três velocímetros que nós temos, valeu a pena esse sacrifício”, afirmou Kalil.

Alerta
Apesar da liberação, a orientação dos especialistas é jamais baixar a guarda. O cenário atual da pandemia ainda preocupa, e muito. “Para deixar bem claro e que fique bem entendido, a situação continua grave. A queda dos indicadores em Belo Horizonte foi, felizmente, consequência do sacrifício que a cidade fez. Mas as pessoas costumam confundir: ‘estamos flexibilizando então está tudo bem’. Não tem nada disso”, alerta o infectologista e membro do Comitê de Enfrentamento à Covid-19, Estevão Urbano. 

O retorno das atividades deve ser observado com atenção pelos moradores. O médico reforçou que é preciso continuar evitando aglomerações. “Nada impede que BH, se não cumprirmos com as medidas, possa piorar o contexto de novo. Aumentarmos mortes, internações, piorar todos os indicadores”, acrescentou Estevão Urbano.

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