"Queima de arquivo" motivou morte de gerente de supermercado no bairro Horto

Gabriela Sales*
gsales@hojeemdia.com.br
15/02/2017 às 13:59.
Atualizado em 15/11/2021 às 22:59

Após seis anos de investigação, a Polícia Civil esclareceu as circunstâncias da morte do gerente de supermercado Sérgio Antônio de Moraes, de 46 anos. Nessa segunda-feira (13), foi cumprido mandado de prisão contra Júlio César Cardoso da Silva, de 28 anos, suspeito de ser o autor do crime, ocorrido no dia 20 de abril de 2011, na avenida Silviano Brandão, bairro Horto, região Leste da capital.

Segundo a polícia, Sérgio foi vítima de “queima de arquivo”, visto que teria reconhecido o comparsa de Júlio em um roubo cometido ao supermercado, no dia 12 de fevereiro do mesmo ano. Na ocasião, a dupla teria assaltado o estabelecimento e fugido em uma motocicleta. Horas depois do crime, o amigo de Júlio foi preso e identificado por Sérgio como um dos autores do assalto. A moto utilizada na ação, que estava registrada em nome de Júlio, também foi apreendida. Suspeita-se que Júlio tenha planejado a morte de Sérgio temendo também ser reconhecido.

“Apesar de ser morador do bairro Serra, Júlio César é conhecido na região do Horto em razão de sua periculosidade”, explica a delegada que coordenou as investigações Alice Batello.

Crime planejado

No dia do crime, a vítima estava saindo do trabalho quando foi atingida por disparos de arma de fogo, em ponto de ônibus próximo ao supermercado.

Um policial militar à paisana presenciou toda a ação e trocou tiros com o suspeito, que fugiu. O militar conduziu a vítima ao hospital, mas Sérgio não resistiu. Coincidentemente, Júlio, atingido no braço pelo policial, também procurou socorro na mesma unidade de saúde onde a vítima foi atendida. No entanto, o suspeito não foi reconhecido.

Três meses após o homicídio do gerente, Júlio faria outra vítima. Ao tentar contra a vida de um inimigo, o suspeito atingiu por acidente uma vizinha, que acabou morrendo. A arma utilizada no crime foi apreendida e, por meio de exame balístico, a polícia identificou que o projétil retirado do corpo da mulher coincidia com o que foi retirado de Sérgio.

(Com Polícia Civil)*

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