(Hoje em Dia)
Familiares que recorreram nesta quarta-feira (18) à sede do Instituto Médico Legal (IML), no bairro Gameleira, região Oeste de BH, precisaram ter muita paciência. A queima da central de eletricidade do local, provocada por queda de energia, prejudicou o trabalho a liberação dos corpos para as famílias.
“Em um dia normal, gasta-se cerca de duas horas para liberar um corpo. Hoje, tinha gente que chegou de manhã e no final da tarde ainda não tinha conseguido”, disse um agente funerário, que pediu para não ser identificado.
O eletricista Higino Oscar da Rocha aguardava a retirada do corpo do primo, que ele acredita ter dado entrada no Instituto por volta das 15h. Às 21h, o corpo ainda estava no local. “Disseram que está sem energia. Tem que aguardar mesmo. Não tem jeito”, disse à reportagem.
A assessoria de imprensa da Polícia Civil, que responde pela instituição, disse que o funcionamento das geladeiras que guardam os cadáveres estava sendo feito com um gerador a diesel, assim como outras funções básicas. A interrupção, informou a assessoria, foi provocada por uma queda no fornecimento de energia que teria provocado a queima da “central”.
Sobre a demora na liberação de corpos, a assessoria disse que cada caso deverá ser analisado e que nem todos têm relação com a questão da queda da energia.
Ainda conforme o retorno, durante a noite desta quarta-feira, estavam suspensas as “perícias em vivo” (em casos de lesões corporais, conjunção carnal, entre outros). O serviço deve ser retomado na quinta-feira (19), pela manhã.
A assessoria informou também que os reparos já haviam sido iniciados, mas ainda não há previsão de quando a energia volte ao normal. A assessoria da Cemig informou que a estatal não havia recebido reclamação de falta de energia no IML, nesta quarta-feira.