Quem estiver sem máscara terá o acesso negado em espaços de BH; uso obrigatório começa sexta

Renata Galdino
rgaldino@hojeemdia.com.br
15/04/2020 às 08:52.
Atualizado em 27/10/2021 às 03:16
 (Lucas Prates/Hoje em Dia)

(Lucas Prates/Hoje em Dia)

Quem estiver sem máscaras nas ruas de Belo Horizonte ficará proibido de entrar em estabelecimentos como supermercados e farmácias. Essa foi uma das restrições antecipadas pela prefeitura da capital, nesta terça-feira, após Alexandre Kalil informar que o Equipamento de Proteção Individual (EPI) será obrigatório na cidade a partir de sexta-feira. Um decreto com as regras a serem seguidas será publicado.

 Antes indicada apenas para pessoas infectadas com a Covid-19, a peça agora é considerada uma das armas para conter o avanço da doença na metrópole. Nova Lima, Pedro Leopoldo, Lagoa Santa e Santa Luzia, na Grande BH, já adotaram a mesma exigência.

“Do mesmo jeito que a flexibilização no interior nos incomoda, devemos humildemente seguir o exemplo do que está acontecendo na Grande BH”, destacou Kalil.

Gratuitas
A população carente será beneficiada com máscaras gratuitamente, a serem distribuídas nos centros de saúde. Como a licitação para a compra do material começou também nesta terça, a disponibilização a esse grupo só deve ocorrer daqui a duas semanas, dependendo de quando ele será entregue pelo fornecedor contratado pela prefeitura. Porém, até lá, também terão que cumprir o decreto.

Mas a outra parte da população terá que tirar do próprio bolso para ter o EPI. E a corrida para aquisição deve se intensificar. Proprietária de uma farmácia em Venda Nova, Luzimaria Alves afirma que tem adquirido 50 por dia. “Mas a procura está grande e o estoque tem acabado logo pela manhã”, conta.

Para muitas pessoas, a alternativa é a máscara caseira. “Em relação a essa, ela é muito pouco estudada. As pessoas devem prestar atenção: se ela ficar molhada, troque, pois a umidade faz com que o poder de proteção diminua”, explica o infectologista Estevão Urbano, um dos especialistas que integram o comitê de enfrentamento à Covid-19 em Belo Horizonte.
 
O médico destaca, ainda, que os cuidados também abrangem a máscara cirúrgica. “Se usada continuamente, ela perde o poder de filtração entre duas a quatro horas. Então, a recomendação, nesses casos, é trocá-la a cada quatro horas. Se a pessoa usar só quando estiver em aglomerados, pode guardar, aí ela dura mais”.

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