Depois da maratona de provas de ciências humanas e da natureza, os candidatos começam a sair das escolas e comentam as impressões sobre as questões do Enem. Segundo os alunos, houve perguntas sobre refugiados da Síria, crise econômica, identidade de gênero e até spray de pimenta. No domingo, será a vez de testar os conhecimentos de Linguagem, Matemática e a temida Redação.

 Para Natália Viana, a prova foi “tranquila”. “Estava fácil para quem estudou. Exigiu mais raciocínio do que decoreba”, afirmou. A aposta dela para o tema da redação é a tragédia de Mariana.

 A estudante Verônica Lima fez o teste pela terceira vez. “Tiveram questões sobre a guerra na Síria, ditadura e democracia. Só que houve um direcionamento diferente, com a relação das ocupações nas escolas com o anarquismo. Acho que já é o dedo do Temer”, disse ela, que pretende fazer faculdade de Letras.

 Técnica em radiologia, Miriam Batista disse que chamou a sua atenção uma questão sobre radiação. “Como sou da área, achei fácil. Mas pode ter tido gente que se complicou”, afirmou ela, que confessou não ter estudado muito. “Agora é segurar na mão de Deus”, disse.

 O estudante Nala França, que sonha cursar Educação Física na UFMG, também não se preparou muito bem. “Trabalho e treino, então o tempo fica curto. Mas na reta final eu estudei mais. Vamos ver se será o suficiente”, afirmou. Para ele, a redação terá como pano de fundo a política ou a crise econômica.

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