Rebelados e Seds fecham acordo e rebelião pode acabar a qualquer momento

Alessandra Mendes e Renata Evangelista - Do Hoje em Dia
22/02/2013 às 15:42.
Atualizado em 21/11/2021 às 01:15
 (André Brant)

(André Brant)

O motim realizado na Penitenciária de Segurança Máxima Nelson Hungria, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, pode acabar a qualquer momento. Segundo a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), dois presos que fazem parte da rebelião se reuniram, por aproximadamente uma hora e meia, com o comitê de crise, nesta sexta-feira (22), e chegaram a um acordo. O órgão informou que as duas partes cederam em alguns pontos, mas não divulgou o conteúdo da reunião. O acordo fechado entre os representantes dos presos e o comitê de crise foi colocado em uma ata. Os detentos que participaram das negociações e estão apresentando as propostas para aprovação dos outros presos. A expectativa da Seds é que a rebelião acabe ainda nesta sexta-feira.   A rebelião que já dura mais de 30 horas começou por volta das 9 horas de quinta-feira (21) no Pavilhão 1 do Complexo Prisional. Durante uma aula, os presos renderam o agente penitenciário Renato André de Paula e a professora Eliana da Silva. Nesta sexta-feira, surgiu o boato de que outras cinco pessoas estariam sendo feitas reféns, mas Seds não confirmou a informação.   Ainda segundo a Seds, os detentos envolvidos na rebelião estão sem água e luz desde o início da revolta. Eles também não se alimentam desde a quinta-feira. Duzentos e dez militares e 30 agentes penitenciários do Comando de Operações Especiais (Cope) estão envolvidos na ação. Os pavilhões da penitenciária estão cercados.   Durante a noite da quinta-feira, um ônibus foi queimado no Anel Rodoviário de BH. Um bilhete com as inscrições "Opressão ao Sistema" foi encontrado dentro do coletivo, o que reforça a hipótese de que o incêndio tenha sido orquestrado por cúmplices dos detentos rebelados que também escreveram a mesma palavra no pátio do pavilhão.   Dentre os detidos na penitenciária Nelson Hungria estão o goleiro Bruno Fernandes e seu braço-direito Luiz Henrique Ferreira Romão, o "Macarrão". O promotor Henry Vagner Vasconcelos, que acompanha o caso do goleiro, esteve na unidade prisional na noite de quinta-feira para ter notícias do réu.    Além deles, também estão na penitenciária Frederico Flores, apontado como líder do “Bando da Degola”, Marcos Antunes Trigueiro, o homem que ficou conhecido como “Maníaco de Contagem”. Nenhum deles estaria, contudo, na ala onde ocorre a revolta dos presos.    Atualiazada às 16 horas  

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