Reclamações contra os planos de saúde crescem 46% em MG

Alessandra Mendes - Do Hoje em Dia
27/07/2012 às 07:12.
Atualizado em 21/11/2021 às 23:53
 (FREDERICO HAIKAL)

(FREDERICO HAIKAL)

Usuários de planos de saúde reclamam do serviço tanto quanto aqueles que utilizam a rede pública. De acordo com dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), apenas no primeiro semestre deste ano, foram formalizadas 1.106 críticas contra operadoras de planos em Minas Gerais. No mesmo período, pacientes que utilizam o Sistema Único de Saúde (SUS) fizeram 1.162 denúncias nas Ouvidorias do Estado e do Ministério da Saúde, com relação ao atendimento em Minas.

A comparação dos dados com os do ano passado revela um crescimento das reclamações dos usuários da rede particular. Nos seis primeiros meses de 2011, foram feitos 757 registros contra planos de saúde na ANS, o que revela um aumento de 46,1% no número de denúncias.

O SUS também contabiliza crescimento na quantidade de insatisfeitos, mas menos intenso (25,9%). No primeiro semestre do ano passado, foram 444 registros, contra 559 no mesmo período deste ano. Até o fim de 2011, o Estado ainda não contabilizava as denúncias da Ouvidoria SUS, que passaram a ser somadas neste ano, quando foram contabilizadas mais 603 críticas. Por isso, o total de reclamações contra a rede pública em Minas, de janeiro a junho deste ano, chega a 1.162.

São dados positivos, de acordo com a análise da coordenadora institucional da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste), Maria Inês Dolci. “Significa que o consumidor está mais atento e contribui para sinalizar que o sistema vai mal. Isso é algo bom”, avalia. A partir desse levantamento, afirma ela, o governo e as operadoras deveriam identificar o que usuário mais reclama e trabalhar na melhoria do serviço.

Para a ouvidora de Saúde de Minas, Ana Piterman, o aumento das reclamações dos pacientes do SUS reflete tanto a procura pelo melhor atendimento quanto o estrangulamento em algum setor que levou a esse crescimento das denúncias. “O ideal seria investir na prevenção, através da atenção primária na saúde. Isso poderia diminuir a procura pela urgência e emergência, que fica cada vez mais saturada”, afirma a ouvidora.

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